Suspeito de matar menina lusodescendente em França também vai ser acusado de rapto e sequestro
Os juízes de instrução responsáveis pelo caso de Maëlys De Araujo ordenaram na quarta-feira que o suspeito da morte da menina lusodescendente de nove anos, Nordahl Lelandais, seja acusado de homicídio, rapto e sequestro.
"O crime de morte de Maëlys De Araujo foi antecedido por rapto e sequestro de uma criança com menos de 15 anos", precisou o procurador-adjunto Boris Duffau.
A menina lusodescendente desapareceu em 27 de agosto de 2017, numa festa de casamento, em Pont-de-Beauvoisin, e, em 31 de agosto, Nordahl Lelandais foi detido para interrogatório.
Em 03 de setembro, o francês foi formalmente acusado de sequestro, na sequência da descoberta de restos de ADN da menina no seu carro e, em novembro, foi acusado de assassínio, devido a imagens de vigilância dessa noite que mostravam a menina no carro e, pouco depois, o mesmo carro já sem Maëlys.
Em 14 de fevereiro de 2018, após a descoberta de um rasto de sangue da criança no seu carro, Lelandais confessou que a matou "involuntariamente" e levou a polícia até ao local montanhoso onde enterrou os seus restos mortais.
Em 19 de março do mesmo ano, na audição pelos juízes de instrução do tribunal de Grenoble, Nordahl Lelandais indicou que a menina entrou no seu carro para ir ver os seus cães e atribuiu a sua morte a uma bofetada que lhe deu quando ela entrou em pânico dentro da viatura.
Foi após a sua detenção neste caso que o assassino admitiu ter matado também Arthur Noyer, um militar de 24 anos. Em maio, Lelandais foi condenado pela morte de Noyer, tendo recebido uma pena de 20 anos de prisão.
O julgamento do caso de Maelys deve ocorrer em 2022, com o julgamento a decorrer em Grenoble.