"Nós não somos súbditos do Estado português", defende Miguel Albuquerque
O presidente do Governo Regional apela ao princípio da coesão territorial
O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque considerou, hoje, que o tratamento do Governo Central para com as regiões autónomas dos Açores e da Madeira como sendo discriminatório.
Relembrando os elevados preços das deslocações de e para a Região Autónoma da Madeira, o governante apelou ao princípio da coesão e o princípio da circulação dentro do território Nacional, algo que, segundo Albuquerque, o Governo português "não quer saber", sendo esse é o problema "de um poder central que só olha para Lisboa".
Miguel Albuquerque aproveitou para deixar o aviso de que não vai aceitar que "o Estado português diga à Região o que fazer em contexto democrático".
Nós não somos súbditos do Estado português. Por isso não podemos aceitar, nem nunca vamos aceitar, as sucessivas e recorrentes desconsiderações e discriminações que somos alvos e continuamos a ser alvos por parte do Governo Central. Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional
O governante realçou ainda que os valores das viagens para as ilhas são uma "vergonha", na medida que um português paga mais caro para se deslocar de Portugal Continental para as ilhas do que para o estrangeiro, assim como paga mais caro para enviar mercadorias para as Regiões Ultraperiféricas do que para o estrangeiro. Isto acontece porque, segundo Albuquerque, "o Estado português não assume o princípio da coesão e o princípio da circulação dentro do território nacional".
Declarações proferidas à margem do lançamento do livro ‘Dicionário Breve de História da Autonomia da Madeira’, que aconteceu esta quarta-feira, 30 de Junho, na Quinta Magnólia.