Menina morre em helicóptero de resgate depois de passar 17 dias num barco
Uma menina de cinco anos de origem subsaariana morreu quando estava a ser retirada de helicóptero para as Ilhas Canárias depois de ter sido recolhida de um barco que passou 17 dias perdido no Atlântico.
O helicóptero do serviço de busca e salvamento (SAR) que recolheu a menina, um homem e uma mulher do navio mercante que os resgatou, o Cabo Taweelah, chegou ao Hospital Universitário Doutor Negrín, em Las Palmas, na terça-feira à noite, de acordo com a agência de notícias espanhola EFE.
A menina e a mulher estavam em péssimas condições e entraram em paragem cardiorrespiratória durante o voo.
As enfermeiras do Exército tentaram reanimar as duas, mas só conseguiram com a mulher.
O bote foi encontrado terça-feira por um comerciante a caminho de um ponto do Atlântico entre Nouadhibou (Mauritânia) e Dakhla (Sahara), dois dos locais de partida mais frequentes de barcos para as Ilhas Canárias.
Desconhece-se se o barco saiu daquela área ou ficou à deriva e foi arrastado durante dias.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) estimam que o número de pessoas que perderam a vida no primeiro semestre do ano a tentar chegar às Ilhas Canárias em barcos se situe entre 136 e 160, uma média próxima a uma morte por dia.