O Insustentável poder da Ignorância!
Falta de educação, não é sinónimo de personalidade forte, antes pelo contrário, será alguém desprovido de personalidade, são aqueles que nunca merecem ser considerados de “persona grata”.
Não é por acaso, que na cultura britânica, alguém seja considerado e até lhe atribuído o grau de “Sir”, um reconhecimento pela excelência da sua personalidade e saber ser, na sociedade, que o reconhece e respeita como pessoa altruísta.
A humildade, o reconhecer o erro, o saber desculpar-se, e assim como o saber, respeitar o outro, é algo, que apenas se aprende, desde o berço, se tivermos a sorte, de pertencer a uma família, com raízes num passado, que reconheça o valor e os costumes da sociedade onde está inserida.
Quando se desinveste na educação pública, a ignorância decorrente da falta de educação, aumenta, e aumenta também as desigualdades sociais.
Arrogância e insensatez deriva do composto que se obtém da estupidez quando misturada com a ignorância, e nos últimos tempos, assistimos nas redes sociais, a um crescimento exponencial de uma tremenda de falta de educação e consideração pelas pessoas, e pelo direito a opinar, não assistimos, a críticas, fundamentadas, contrárias, e opostas, mas sim, a uma verborreia, e tomadas de posição, algumas de uma violência, verbal, com contornos de ameaça.
Portugal é considerado um, país civilizado, um país, que inclusive colaborou, bem ou mal, na civilização de outros povos, é um país que tem, uma estrutura jurídica e um poder judicial associado, que está preparado para proteger o cidadão destas manifestações, mesmo as que hoje, acontecem nas redes sociais, onde a distância e o afastamento online dá uma falsa sensação de segurança ao agressor.
O que se assiste, em determinadas situações, são políticos, bem formados e preparados, que apostam no aproveitamento, de uma “massa de militantes”, fiéis, que precisamente formatados, num país que desinvestiu na educação, os utiliza, no combate político, interno e externo, assistimos também, a um controle das massas, pela contínua aposta na manutenção da miséria, da caridade focada e apostada em raríssimas IPSSs, ONG, e em associações similares, bancos alimentares, abrigos temporários para os sem-abrigo, atribuição de subsídios de falsa reinserção social, etc.
Não existe um esforço social, em resolver, em apresentar soluções auto-sustentáveis, existe sim um aproveitamento dessas massas, que eternamente agradecidas garantem a eleição dos seus benfeitores: um exemplo claro disso é a aposta nos bairros sociais e na eternização dos municípios em senhorios os mesmos que garantem a alguns amigos, a contínua manutenção dos mesmos bairros, assim, como adjudicam as respectivas construções em ajustes devidamente direccionados para alguns que lhes financiam campanhas eleitorais.
Para cidadãos que se envolvem na política, preocupados, mais em ser uma referência para as soluções do que para a eternização do problema, é incompreensível, a hostilização injustificada de certos partidos e de certos actores, que neles assumem não um papel de liderança, mas de padrinhos ao estilo das piores máfias sicilianas.
Só assim se compreende o estado a que chegou Portugal, e até alguns países, que são o pior exemplo do pior, que uma democracia pode oferecer ao seu povo.
Uma trapalhada, que levará décadas a solucionar e o pior a pagar.
J. Edgar M. Da Silva