Plano de reestruturação do Santander prevê saída de 685 trabalhadores
O plano de reestruturação do Santander foi hoje aprovado e prevê a saída de 685 trabalhadores, aos quais serão apresentadas "as melhores condições de mercado", segundo uma nota da Comissão Executiva do banco.
"O plano de reestruturação foi hoje aprovado pela Comissão Executiva e conclui a transformação do banco no quadro de recursos humanos", lê-se numa nota deste órgão enviada aos trabalhadores, a que a agência Lusa teve acesso.
Segundo o documento, estima-se que o plano inclua 685 trabalhadores, aos quais serão apresentadas "as melhores condições de mercado".
Em causa estão trabalhadores de diversas áreas dos serviços centrais e da rede comercial do banco, incluindo os que estavam abrangidos pelo procedimento unilateral.
Estes colaboradores vão ser notificados até 15 de julho e podem apresentar a sua resposta até 19 de agosto.
Em janeiro, foi anunciada a "transformação" do banco face aos "desafios da atividade".
Dois meses depois, o Santander aprovou um conjunto de planos para as saídas voluntárias, através de reformas antecipadas e/ou acordos de revogação de contratos de trabalho (RMA).
No âmbito destes planos, foi apresentada uma proposta de saída aos trabalhadores com mais de 55 anos de idade, que incluía a possibilidade de os trabalhadores abaixo desta faixa etária solicitarem uma proposta.
Já em abril, após os resultados do primeiro trimestre, a instituição financeira criou uma provisão para a implementação da referida transformação, seguida da apresentação de um plano formal de reestruturação.
No mesmo sentido, o banco comunicou o início de um "processo unilateral de redução de postos de trabalho", aplicado aos funcionários da rede comercial, "cujos postos de trabalho haviam sido extintos".
O procedimento em causa foi "temporariamente adiado" em maio, na sequência das conversações com os sindicatos.
A Comissão Executiva assegurou que a cada trabalhador "o banco irá apresentar as melhores condições de mercado, propondo reformas antecipadas aos colaboradores maiores de 55 anos de idade, e incluindo no valor dos acordos de revogação, quanto aos demais colaboradores, uma compensação contendo uma parcela correspondente ao montante ilíquido estimado de subsídio de desemprego".
Na nota enviada aos trabalhadores, este órgão disse ainda esperar que as condições possam ser aceites, "evitando-se por esta forma o recurso a qualquer procedimento unilateral".