Contas de 2020 revelam "incoerência de quem chora todo o ano de alegada pressão do chumbo do orçamento"
Finalmente, a demorada sessão da Assembleia Municipal do Funchal a apreciação da Prestação de Contas e a Prestação de Contas Consolidadas de 2020 - apreciação está a ser feita em conjunto - já está a ser discutida.
Miguel Silva Gouveia, presidente da Câmara destacou o "esforço enorme" realizado para apresentar "com rigor e transparência" todas as contas da Autarquia relativas a 2020, que entre outras particularidades, perdeu 19.5 milhões de euros na execução de receita e 8 milhões de euros na despesa, comparativamente a 2019.
O PSD, por Fábio Bastos, começou por lembrar que o Orçamento Municipal de 2020 foi de 107 milhões de euros "dos maiores dos últimos anos", mas a execução orçamental "é inferior ao que foi estabelecido".
Acusou Miguel Silva Gouveia de liderar um "executivo de promessas mas de falta de execução das mesmas".
Lamentou a "baixa execução orçamental" por ter "um peso e uma importância maiores" em ano de pandemia.
Sobre os 77% de taxa de execução apontou que "poderia e deveria ter ido mais além" e criticou a "baixíssima taxa de execução de investimento", que foi inferior a 50%.
Preocupante foi também o saldo corrente ter sido positivo, por entender que a liquidez deveria ser derramada pela economia social para mitigar os impactos da crise pandémica.
Para o PSD as contas de 2020 revelam a "inoperância do executivo" e mostra as "lágrimas secas" que é a "incoerência de quem chora todo o ano de alegada pressão do chumbo do Orçamento" que conclui ser "uma falácia" alegar que não consegue fazer obra "quando fica com dinheiro disponível para acudir os munícipes".
A sessão vai agora para intervalo. Retoma às 14h30, com a discussão das Contas de 2020, que promete ser demorada.