Sobe para 11 número de mortos no desabamento de edifício na Florida
O balanço de vítimas mortais do desabamento de um prédio perto de Miami subiu hoje de nove para 11, disse a responsável municipal do condado de Miami-Dade, no estado norte-americano da Florida (sudeste).
O número de desaparecidos situa-se agora em 150, com os socorristas a encontrarem 136 pessoas vivas, acrescentou Daniella Levine Cava, que prometeu ir "ao fundo" na investigação para determinar as causas da tragédia.
O chefe-adjunto dos Bombeiros de Miami-Dade, Ray Jadallah, disse que, ao quinto dia de operações, os socorristas vão agora usar maquinaria pesada, para que seja levantada uma grande laje de betão armado numa área onde vários corpos foram encontrados nos últimos dias.
Imagens de vídeo mostraram que o centro do condomínio, formado por três torres adjacentes, parece desabar primeiro, com uma secção mais próxima do mar a oscilar e cair segundos depois.
Equipas do México e de Israel estão a colaborar nas buscas.
Um relatório realizado por uma empresa de engenharia em 2018, divulgado no sábado, indicava "danos estruturais significativos" nas Torres Champlain, bem como "fissuras na cave" do edifício, recomendando reparações.
Outro estudo realizado em 2020 referia que as Torres Champlain, construídas em 1981, tinham afundado cerca de dois milímetros por ano entre 1993 e 1999, mas o autor do documento afirmou que isso, só por si, não devia provocar o desabamento do edifício.
O teto do prédio estava a ser alvo de obras, mas ainda se desconhece se essa intervenção estará relacionada com o acidente.
O município de Miami-Dade ordenou uma inspeção de todos os edifícios com mais de 40 anos situados na orla marítima, nos próximos 30 dias.
As torres, localizadas a uma dezena de quilómetros de Miami Beach, acolhiam residentes permanentes e sazonais.