Os grandes também se abatem
Boa noite!
A incompreensível arrogância foi severamente punida nas duas últimas noites de Euro2020. Ontem por causa do despertar tardio para a necessidade de ganhar. Hoje à conta da certeza precoce de que o jogo estava ganho.
Portugal de Fernando Santos e a França de Didier Deschamps julgaram que bastava todo um histórico vitorioso, as soluções alternativas e o talento dos craques para seguir em frente numa competição de equipas, em que a sorte e o azar também entram em jogo.
Subestimar adversários ou temê-los em excesso ditou para já o afastamento do campeão em título e do 'vice'. E mais quedas dos grandes não houve porque a Espanha levou a sério a ameaça croata. Fica a lição da eficácia belga e da precisão suíça, cada qual com 'portugueses' benfiquistas no plantel! E a prova que no futebol democrático, não há vencedores antecipados nem gigantes indomáveis.
Quando os que devem à humildade e à transpiração se aperceberem, não há estatuto que lhes vala se não derem tudo em campo ou se quem lhes dá oportunidades abusar do experimentalismo ou dos esquemas tradicionais. Tanto na selecção portuguesa, como na francesa, foram evidentes teimosias que implicaram o regresso a casa mais cedo. Que sirva de emenda, embora tenhamos a certeza que havemos de voltar mais fortes, conforme prometeu o recordista madeirense e sempre inconformado Cristiano Ronaldo,