Eleições Autárquicas Madeira

Chega quer "dar abanão na estrutura que reina na Madeira"

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Porque queremos ser a terceira força nacional, temos como objectivo dar um abanão na estrutura de poder que reina aqui na Madeira e é isso que vamos procurar fazer. Mostrar que o Chega será indispensável no futuro, será uma solução incontornável para qualquer governo.

Declarações de André Ventura à chegada ao restaurante onde serão apresentados os cinco candidatos do CHEGA às autárquicas na Região Autónoma da Madeira.

Na Madeira, André Ventura deposita os mesmos objectivos que no resto do país. “Nós queremos ser a terceira política”, reafirma. E mesmo reconhecendo que na Madeira “há um contexto político diferente do continente”, cá com o PSD no poder, lá com o PS no controlo do Parlamento e do Governo, promete que o CHEGA irá adaptar-se à realidade regional porque “a oposição está no sistema” e não o facto de ser PS ou o PSD a governar.

O objectivo de ficar em terceiro lugar nesta Autárquicas passa por “conseguir consolidar a posição em número de votos nacionais, não é número de câmaras” e assim ultrapassar o PCP, o Bloco de Esquerda e conseguir ficar logo atrás do PS e do PSD.

Na Madeira André Ventura ressalva o “bom indicador” que foi o resultado que obteve nas eleições Presidenciais, onde o presidente do CHEGA foi o segundo candidato mais votado.

É isso que espera repetir nas Autárquicas para também “continuar a esmagar o BE e o PCP”, afirmou.

Já com candidaturas em “perto de 200 concelhos” do país, também na Região o CHEGA vai apresentar listas “na maioria” dos 11 concelhos. Além dos cinco candidatos a apresentar esta noite – Ribeira Brava, Câmara de Lobos, Funchal, Santa Cruz e Machico – o CHEGA vai também concorrer no Porto Santo.

Números que diz que seria “algo impensável” para um Partido com pouco mais de três anos, mas sublinha que “isto é fruto da militância”, convicto que o CHEGA é hoje dos partidos com mais militantes em Portugal, daí aproveitar esta adesão para transformar em candidaturas autárquicas.

Garante que tal como no continente, também na Madeira o Partido tem tido “muita gente a disponibilizar-se e a querer avançar e ser candidato pelo CHEGA”.

Para André Ventura as Autárquicas na Madeira “ganham uma especial importância” por ser a primeira vez que o CHEGA se apresenta com candidatos locais, por isso “vai ser interessante ver” o resultado a alcançar nas próximas eleições, se possível “chegar ao nível das Presidenciais” que admite ser “muito difícil, muito ambicioso”, mas esse é o objectivo.

De resto, mesmo sabendo que à disputa das Autárquicas nalguns concelhos será marcado pela bipolarização, avisa que o CHEGA consegue fazer a diferença, tal como fez nas Legislativas dos Açores.