Chega quer "dar abanão na estrutura que reina na Madeira"
Porque queremos ser a terceira força nacional, temos como objectivo dar um abanão na estrutura de poder que reina aqui na Madeira e é isso que vamos procurar fazer. Mostrar que o Chega será indispensável no futuro, será uma solução incontornável para qualquer governo.
Declarações de André Ventura à chegada ao restaurante onde serão apresentados os cinco candidatos do CHEGA às autárquicas na Região Autónoma da Madeira.
Orlando Drumond , 28 Junho 2021 - 21:17
Na Madeira, André Ventura deposita os mesmos objectivos que no resto do país. “Nós queremos ser a terceira política”, reafirma. E mesmo reconhecendo que na Madeira “há um contexto político diferente do continente”, cá com o PSD no poder, lá com o PS no controlo do Parlamento e do Governo, promete que o CHEGA irá adaptar-se à realidade regional porque “a oposição está no sistema” e não o facto de ser PS ou o PSD a governar.
O objectivo de ficar em terceiro lugar nesta Autárquicas passa por “conseguir consolidar a posição em número de votos nacionais, não é número de câmaras” e assim ultrapassar o PCP, o Bloco de Esquerda e conseguir ficar logo atrás do PS e do PSD.
Na Madeira André Ventura ressalva o “bom indicador” que foi o resultado que obteve nas eleições Presidenciais, onde o presidente do CHEGA foi o segundo candidato mais votado.
É isso que espera repetir nas Autárquicas para também “continuar a esmagar o BE e o PCP”, afirmou.
Já com candidaturas em “perto de 200 concelhos” do país, também na Região o CHEGA vai apresentar listas “na maioria” dos 11 concelhos. Além dos cinco candidatos a apresentar esta noite – Ribeira Brava, Câmara de Lobos, Funchal, Santa Cruz e Machico – o CHEGA vai também concorrer no Porto Santo.
Números que diz que seria “algo impensável” para um Partido com pouco mais de três anos, mas sublinha que “isto é fruto da militância”, convicto que o CHEGA é hoje dos partidos com mais militantes em Portugal, daí aproveitar esta adesão para transformar em candidaturas autárquicas.
Garante que tal como no continente, também na Madeira o Partido tem tido “muita gente a disponibilizar-se e a querer avançar e ser candidato pelo CHEGA”.
Para André Ventura as Autárquicas na Madeira “ganham uma especial importância” por ser a primeira vez que o CHEGA se apresenta com candidatos locais, por isso “vai ser interessante ver” o resultado a alcançar nas próximas eleições, se possível “chegar ao nível das Presidenciais” que admite ser “muito difícil, muito ambicioso”, mas esse é o objectivo.
De resto, mesmo sabendo que à disputa das Autárquicas nalguns concelhos será marcado pela bipolarização, avisa que o CHEGA consegue fazer a diferença, tal como fez nas Legislativas dos Açores.