Madeira

Incêndio no quarteirão entre as Ruas da Alfândega, Esmeraldo, Colombo e Sabão foi notícia há 40 anos

No Canal Memória de hoje, reveja o que foi notícia no DIÁRIO a 28 de Junho de 1971

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No DIÁRIO de Notícias de 28 de Junho de 1971, o destaque noticioso era dado a "um dos maiores incêndios de que há memória nesta ilha". Na madrugada de 26 de Junho, "enquanto a cidade dormia", um incêndio destruiu 90% dos prédios existentes no quarteirão compreendido entre as Ruas da Alfândega, Esmeraldo, Cristóvão Colombo e Sabão, causando perdas em valor superior a 200 mil contos.

Segundo relatou o DIÁRIO, "Nada fazia prever que a catástrofe surgisse, espectularmente, monstruosamente, repentinamente, numa fúria colossal, consubstanciada em fogo, em gigantescas labaredas que, em poucas horas, destruiram quase totalmente um dos mais tradicionais quarteirões comerciais da cidade, arruando prédios seculares, consumindo stocks de materiais de construção, produtos alimentícios, artigos electrodomésticos e de várias outras indoles, de algumas das maiores e mais antigas firmas do comércio desta cidade."

O fogo deflagrou na 'Casa das Balanças' na Rua do Esmeraldo antes das 4 da madrugada. Logo depos, "numa voragem incontrolável. as labaredas passavam a todas as dependências da Casa das Balanças, penetrando na secção de electrodomésticos desta firma (com montras para a Rua da Alfândega) e passando ao prédio contíguo (a Norte) da firma Pereira Ferreira Lda. (n.º 15 e 17 da Policia) que ali possuía um armazém de sal".

Apesar do esforço dos bombeiros, o fogo acabou por alastrar para as traseiras da Casa das Balanças, "atingindo o prédio da firma Francisco da Costa & Filhos, na Rua do Sabão, onde rápido ganharam monstruosas formas, começando a dominar (do último para o primeiro) todos os quatro pisos deste ediflcio, que abatiam. estrondosamente, um a um, enquanto a alta parede frontal ameaçava iminente derrocada." Explosões de produtos inflamáveis deram ainda mais maior intensidade ao fogo que fez perdas avultadas e destruíu a maioria dos prédios no quarteirão. 

Tal como já havia sido recordado pelo jornalista Pedro Freitas Oliveira a 23 de Fevereiro de 2019, "quando o incêndio deflagrou, na madrugada de sábado para domingo, já a edição do DIÁRIO estava a ser impressa nas rotativas. Mas os primeiros momentos do fogo foram testemunhados por dois gráficos que então trabalhavam nesta casa, regressando de imediato às instalações que na altura funcionavam na Rua da Alfândega. Um deles, munido de máquina fotográfica da redacção, captou as primeiras imagens do incêndio. Duas horas depois essas fotografias eram dadas a conhecer logo na edição de domingo, ainda a cidade acordava para aquilo que havia acontecido madrugada dentro.

Para saber mais sobre as notícias de há 40 anos, consulte a edição do DIÁRIO do dia 28 de Junho de 1971 através do portal da Direcção Regional do Arquivo e Biblioteca da Madeira através deste link .