Mundo

Ataque em base militar de cidade da Somália provoca pelo menos 12 mortos

None
Foto Reuters

Pelo menos 12 pessoas morreram hoje num ataque perpetrado pelo grupo fundamentalista islâmico al-Shabaab numa base militar e em casas civis no centro da Somália, informaram fontes paramilitares e locais.

De acordo com várias fontes, o grupo fundamentalista tinha como alvo uma base que abrigava militares governamentais, no estado autoproclamado autónomo de Galmudug, perto da cidade de Wisil, localizada a cerca de 700 quilómetros da capital do país, Mogadíscio.

"É muito difícil saber o número exato, mas temos a indicação de que 12 pessoas, das quais seis militares, morreram em Wisil", disse o comandante de uma unidade paramilitar de Galmudug, Abdirahman Adan, sublinhando que "também há vítimas civis".

Segundo Adan, os agressores foram "repelidos" e "muitos deles morreram", mas, referiu, não é ainda possível determinar um número certo.

Um líder comunitário de Wisil, Abdullahi Sahal, confirmou o número de 12 mortos, referindo também que seis eram civis e seis eram militares, enquanto um outro comandante paramilitar, Mohamed Mire, adiantou que o ataque teve início com a explosão de um veículo carregado de explosivos.

"Depois da explosão de um carro-bomba, começaram a atirar fortemente, mas as forças de segurança estavam completamente preparadas e forçaram os terroristas a retirarem-se e com baixas", afirmou.

"Temos total controlo da situação e estamos a perseguir aqueles que restam", acrescentou.

Por sua vez, o grupo al-Shabaab, referiu ter matado 34 soldados, governamentais e locais, na base militar.

"Houve uma grande explosão que atingiu a cidade antes de começar o pesado tiroteio, ao início da manhã. O combate continuou durante mais de uma hora antes dos guerrilheiros do al-Shabaab se retirarem" contou um residente, enquanto outro morador da zona adiantou ter visto três soldados mortos e outros 10 feridos.

Também hoje, a região semiautónoma de Puntland, no norte da Somália, anunciou ter executado 21 alegados membros do al-Shabaab que tinham sido condenados por um tribunal militar local.

"Hoje, 27 de junho de 2021, foi imposta a pena de morte aos terroristas que se acostumaram a derramar o sangue do povo", disse aos jornalistas o coronel Mumin Abdi Shire, comandante da região. Mudug, em Puntland.

Este é o maior número de pessoas executadas ao mesmo tempo na Somália.