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Governo colombiano dá recompensa por informações sobre ataque a helicóptero do Presidente

Foto EPA/Cesar Carrion/Presidency of Colombia
Foto EPA/Cesar Carrion/Presidency of Colombia

O Governo colombiano ofereceu hoje uma grande recompensa em troca de informações que permitam capturar os autores do atentado, ocorrido na sexta-feira, contra o helicóptero onde viajava o Presidente Ivan Duque, perto da fronteira com a Venezuela.

"É oferecida uma recompensa de até três mil milhões de pesos [cerca de 666 mil euros] à pessoa que nos permita encontrar os responsáveis por este ataque terrorista", destacou o ministro da Defesa, Diego Molano, em comunicado, citado pela agência AFP.

O diretor-geral da polícia, Jorge Vargas, revelou que os tiros foram disparados contra o helicóptero presidencial desde uma cidade próxima ao aeroporto, momentos após a descolagem.

"Uma equipa de busca foi posicionada naquela área e já foram recuperadas duas armas", uma metralhadora AK-47, cujo número de registo está a ser investigado, e uma arma de calibre 7,52, com registo do exército venezuelano, acrescentou.

O Presidente colombiano revelou na sexta-feira que o helicóptero em que viajava, um Sikorsky UH-60 Black Hawk da Força Aérea Colombiana (FAC), foi alvejado perto da fronteira com a Venezuela.

"É um ataque cobarde, vemos buracos de bala no helicóptero presidencial", disse Duque em comunicado, acrescentando que os seus serviços de segurança impediram "algo mortal".

No helicóptero encontravam-se ainda os ministros da Defesa e do Interior e nenhum dos ocupantes ficou ferido.

A aeronave conseguiu aterrar em segurança no Aeroporto Internacional Camilo Daza, em Cúcuta, capital do Norte de Santander, que faz fronteira com a Venezuela.

O ataque já foi condenado pelas Nações Unidas, Estados Unidos, União Europeia e vários países da América Latina.

Duque tinha viajado para Sardinata, uma cidade localizada na conturbada região de Catatumbo, para um ato do Governo. O ataque ao helicóptero ocorreu no regresso a Cúcuta, de onde os governantes deveriam viajar para a capital, Bogotá.

Nesta região de grande insegurança, mantêm-se ativos o Exército de Libertação Nacional (ELN), os Pelusos - vestígios de uma insurgência maoísta desmobilizada -, além de dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e de numerosos gangues do narcotráfico.