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Papa pede a "superação total do estigma" das doenças mentais

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Foto EPA/GIUSEPPE LAMI

O Papa Francisco apelou hoje à "superação total do estigma com que tantas vezes se chama a doença mental", numa mensagem dirigida aos participantes da segunda Conferência Nacional de Saúde Mental, organizada pela Ministério da Saúde Italiano.

O chefe da Igreja Católica defendeu ainda que é importante fazer prevalecer "a cultura da comunidade sobre a mentalidade de desperdício, segundo a qual se dá maior cuidado e atenção. Aqueles que trazem vantagens produtivas para a sociedade, esquecendo-se de que aqueles que sofrem fazem brilhar a beleza irreprimível da dignidade humana em suas vidas feridas".

Na sua mensagem, lida pelo diretor-geral italiano de investigação e inovação em saúde, Giovanni Leonardi, Francisco recordou a sua "estima" e da Igreja pelos profissionais de saúde que trabalham neste campo e a qualificou como "um grande bem para as pessoas e para a sociedade" o seu compromisso com os portadores de transtornos mentais.

"Cuidar dos outros não é apenas um trabalho qualificado, mas também uma verdadeira missão, que se realiza plenamente quando o conhecimento científico encontra a plenitude da humanidade e se traduz na ternura de quem sabe se aproximar e levar a sério os outros", acrescentou.

O Papa fez ainda um apelo ao "fortalecimento do sistema de saúde para a proteção" dessas doenças e das organizações envolvidas nas suas pesquisas científicas, bem como associações e voluntários no trabalho de acompanhamento aos doentes e suas famílias.

Francisco não esqueceu os desafios que os trabalhadores da saúde tiveram de enfrentar durante a pandemia e aplaudiu as suas "fórmulas de cuidados médicos adequados para não deixar ninguém para trás e cuidar de todos de maneira inclusiva e participativa".

Além disso, desejou que a "sensibilidade" da sociedade e das instituições para com as pessoas com problemas mentais seja renovada "para incutir maior confiança" nos mais frágeis.