Choque(s) em Santa Rita
Como sempre, Santa Rita tem sido notícia por acidentes, mais propriamente “choques em cadeia” na tal subida da Via Rápida. Originando feridos, condicionamentos na VR1, atrasos na vida dos utentes, perdas financeiras para estes e para o sistema de saúde, etc... Mas, porquê lá? Como evitá-los?
Na origem deste tipo de acidentes, está normalmente uma desaceleração repentina do veículo da frente (por travagem, por embate noutro veículo, redução na caixa de velocidades, devido ao declive acentuado...) seguida de um choque do veículo que vem logo atrás, por falha do condutor (por distração, por falta de tempo para reagir, falta de tempo para travar o suficiente, falta de atrito pneu/pavimento por más condições de um ou de outro, bloqueio pelo pânico, impedindo uma reação ou travagem eficaz, etc...
A subida de Santa Rita, é logo à partida, propícia a acidentes devido ao declive acentuado (que facilita a desaceleração), agravado pelas altas velocidades normais da via e pela falta de cuidado dos muitos condutores, na via da esquerda...
Um acidente destes pode ter várias razões, desde: falta de uma boa formação inicial (nas escolas), inexistência ou falta de um reforço na sensibilização por parte das autoridades ou até da Via Litoral, reforço no aviso/sinalização local, esquecimento das regras, comportamento doloso (insistir em fazer mal, quando sabe que não está bem, pondo os outros em perigo), falta de fiscalização destes comportamentos (PSP e GNR), etc...
A meu ver, algumas coisas “simples” resolviam isto: fiscalização (que não existe), sinalização vertical e horizontal, comportamentos defensivos.
Como manter uma distancia segura? Uma fórmula simples, é dividir a velocidade por dois: se vai a subir a 80 km/h, mantenha 40 metros de distancia (isto equivale a conduzir a 2 segundos do veículo da frente. A frase “conduza a dois segundos”, era até utilizada numa campanha da Prevenção Rodoviária Portuguesa. Se achar muito, conduza a um segundo, segundo e meio (!)... 20 a 30 metros, mas com uma condução bem atenta(!) e acredite que: “um segundo pode salvar-lhe a vida” e evitar muitos acidentes. Dois ou três metros, não!
Se não tiver um comportamento defensivo, nem Santa Rita lhe salva, mesmo na subida de Santa Rita!
Duarte Sousa Melim