Candidato do PPM/Aliança ao Funchal defende "novo rumo" para o concelho
O advogado Américo Silva Dias é o candidato independente da coligação PPM/Aliança à Câmara Municipal do Funchal, na Madeira, com um projeto que visa implementar "novas políticas" para o concelho em áreas como comércio, turismo e mobilidade.
A candidatura, denominada 'Funchal um novo rumo', pretende também "acabar de vez" com a criação da polícia municipal, uma proposta do atual executivo camarário, liderado pela coligação Confiança (PS/BE/PDR/Nós, Cidadãos!).
"É um perfeito disparate, porque não se adequa à cidade do Funchal", disse Américo Silva Dias à agência Lusa, salientando que compete à Polícia de Segurança Pública fazer o "seu trabalho" de fiscalização.
O cabeça de lista do PPM/Aliança, que já foi deputado na Assembleia Municipal do Funchal eleito pelo CDS-PP, realçou que a criação de uma polícia municipal representa apenas "mais uma despesa sem necessidade nenhuma".
O advogado, de 62 anos, defendeu, por outro lado, novas políticas de mobilidade e disse não compreender a razão dos prémios que o município tem recebido neste setor, pois considera que a cidade "está na mesma" desde que o PSD foi derrotado em 2013.
Uma das obras que classificou como "perfeito disparate" é o prolongamento da ciclovia entre a zona do Lido e o centro da cidade, pois vai "afunilar o trânsito e provocar o caos".
A candidatura de Américo Silva Dias propõe também ações assíduas de desratização da cidade, retirada dos animais errantes e novas políticas de reinserção dos sem-abrigo.
"A câmara já devia ter metido mãos à obra no sentido de adotar medidas de reinserção social que ponham em prática a retirada destas pessoas da rua", sublinhou.
O executivo municipal do Funchal, composto por 11 elementos, é liderado pela coligação "Confiança", que tem seis vereadores, enquanto o PSD tem quatro e o CDS um.
Nas autárquicas de 2017, esta coligação obteve 42,05% da votação do eleitorado funchalense, representando 23.377 votos, o PSD reuniu 32,05% dos votos e o CDS 8,59%.
As eleições autárquicas ainda não têm data marcada, mas por lei devem realizar-se em setembro ou outubro.