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Governo espanhol aprova fim das máscaras no exterior com condições

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O Governo espanhol decidiu hoje que as máscaras deixam de ser de utilização obrigatória no exterior a partir deste sábado, 26 de junho, desde que a distância de segurança de um metro e meio seja respeitada.

O Conselho de Ministros flexibilizou assim as regras que há mais de um ano obrigavam, em qualquer circunstância e espaço, a utilização de máscara.

"As nossas ruas, os nossos rostos, vão começar a recuperar a sua aparência normal nos próximos dias", disse na semana passada o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, quando a medida foi anunciada.

A eliminação da obrigatoriedade de utilizar máscara em espaços exteriores, explicou, é possível porque estão a ser cumpridos "escrupulosamente" todos os objetivos que tinham sido estabelecidos.

A ministra da Saúde, Carolina Darias, explicou na quarta-feira que as máscaras deixarão de ser obrigatórias no exterior, "desde que seja respeitada uma distância de segurança de um metro e meio" entre pessoas, mas sublinhou que cada um terá de as ter "à mão" e utilizá-las nos espaços interiores.

A máscara continuará a ser obrigatória em espaços públicos fechados, tais como bibliotecas, farmácias ou supermercados, e também nos transportes públicos.

A nova regra do Governo espanhol prevê que a máscara é obrigatória em eventos de massas, tais como um jogo de futebol ou concertos, mas pode ser tirada se o espetador estiver sentado e respeitar o metro e meio de distância.

Essa proteção também vai deixar de ser obrigatória nas residências e espaços públicos onde 80% das pessoas esteja vacinada, embora seja obrigatório para os trabalhadores destes centros, assim como para os visitantes.

Nos serviços essenciais, por exemplo, numa estação de bombeiros as máscaras não serão obrigatórias, se 80% dos seus efetivos estiver vacinado.

Também não será de uso obrigatório nos navios, onde os passageiros não têm de as utilizar nas suas cabines ou quando estão no convés e podem manter a distância de segurança.

Espanha avança com esta medida numa altura em que tem mais de 50% da população com pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19.

De acordo com os dados oficiais, 15,1 milhões de pessoas já estão completamente vacinadas contra a covid-19 (31,9% da população total), e 23,8 milhões têm pelo menos uma das doses (50,1%), em cerca de 47,3 milhões de habitantes que tem o país.

A Espanha é um dos países europeus mais atingidos pela pandemia com 3.773.032 já infetada e um total de 80.748 óbitos com a doença, até quarta-feira.

A incidência acumulada (contágios) tem evoluído de forma favorável, tendo baixado de forma gradual nas últimas semanas, até atingir atualmente os 92 casos diagnosticados por cada 100.000 habitantes.

A pandemia de covid-19 já provocou, pelo menos, 3.884.538 vítimas mortais em todo o mundo, resultantes de mais de 179 milhões de casos de infeção diagnosticados oficialmente, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 17.077 pessoas e foram confirmados 868.323 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.