Campeonato do Mundo em 2022 na Madeira pode gerar 6 milhões de euros de retorno
Expectativa do presidente da Federação Portuguesa de Natação na apresentação do World Para Swimming Championships Madeira 2022
O retorno directo do próximo World Para Swimming Championships, a realizar na Madeira dentro de um ano, poderá gerar 6 milhões de euros. A estimativa foi hoje avançada pelo presidente da Federação Portuguesa de Natação, António Silva, na conferência de imprensa de apresentação do evento, no Pestana Carlton Hotel.
Tendo por base os indicadores que apontam que venham a marcar presença na prova mundial “cerca de 75 países, de todos os continentes” com “cerca de 650 nadadores” e “cerca de 450 pessoas de staff”, perfazendo assim um total de 1200 pessoas, acrescido da desejada presença de público, com a estimativa a apontar para 2800 a 3000 pessoas, António Silva antecipa que a mesma “traduzir-se-á num retorno directo na ordem dos 6 milhões de euros”, sendo que grande parte deste valor ficará ‘retido’ na Região.
Aproveitou a ocasião para desde já deixar novo desafio às entidades regionais ao avançar com “a promessa que em 2023 e 2024 faremos da Madeira, faremos do Funchal, mais um palco de organização de grandes eventos internacionais que já estão planeados”.
Na conferência de imprensa que serviu também para ser apresentado o estudo/relatório dos impactos referentes ao evento World Para Swimming European Open Championships realizado no passado mês de Maio no Complexo de Piscinas Olímpicas do Funchal, o presidente da Federação de Natação elogiou a “magnificência” desse evento”, que reforça a convicção que o próximo Mundial no Funchal também “será um êxito assinalável”.
Ladeado por Dina Letra, vereadora na Câmara Municipal do Funchal, e Jorge Carvalho, secretário regional com a tutela do Desporto, Realçou o apoio “inequívoco” financeiro e logístico da Câmara Municipal [do Funchal] e “muito forte” o apoio do Governo Regional.
Destacou o impacto financeiro directo associado ao impacto mediático da organização do evento, ao não tivesse tido a presença de 46 selecções e um total de 650 participantes, entre atletas, técnicos e staff, a que se junta 32 árbitros, 6 classificadores internacionais, 85 elementos da organização e 265 voluntários (todos madeirenses).
Com um investimento directo na ordem dos 365 mil euros, congratulou-se com a “repercussão mediática” que o Europeu na Madeira proporcionou, e fez saber que mesmo tendo sido uma prova sem público, devido às restrições no âmbito do controlo da pandemia, o expectável, face aos indicadores de 2016, apontava para 1500 a 1700 visitantes de fora a participar como público. “Mesmo assim tivemos um retorno financeiro de um para cinco, ou seja, por cada euro investido teve um retorno de cinco euros recuperados, na ordem de 1.5 milhões de euros directos”, concretizou.