Prisão preventiva para suspeitos de raptarem criança em Leiria para forçar casamento
As cinco pessoas detidas por alegadamente terem raptado em Leiria uma criança de 13 anos para forçar o seu casamento com um menor da mesma idade vão aguardar julgamento em prisão preventiva, disse hoje fonte da Polícia Judiciária (PJ).
Os arguidos foram presentes esta tarde a um juiz de instrução criminal que determinou a todos a medida de coação mais gravosa.
Num comunicado emitido hoje, a PJ refere que na madrugada de terça-feira desencadeou uma operação visando a localização e detenção de cinco suspeitos dos crimes de rapto, tentativa de homicídio e tentativa de abuso sexual de criança, e danos com arma de fogo, nas cidades de Leiria e Marinha Grande.
Uma sexta pessoa foi localizada e identificada como estando envolvida na consumação destes crimes, lê-se no comunicado.
Segundo a PJ, os factos ocorreram num fim de semana deste mês, "como reação ao facto de familiares de uma menina, de 13 anos de idade, não aceitarem o casamento dela com um rapaz da mesma idade".
"Para tanto, reagiram a tiro contra o pai da menor, provocando danos com arma de fogo em diversos bens, nomeadamente numa casa de habitação e numa viatura", lê-se no comunicado.
De acordo com a PJ, os suspeitos, "usando grande violência", terão raptado a menor, "no intuito de a constrangerem a casar com o rapaz e a manter relacionamento sexual, acabando a vítima por ser libertada, no dia seguinte, pelos presumíveis raptores".
Os detidos, três homens e duas mulheres, com idades entre os 26 e 51 anos, não têm ocupação laboral conhecida. Todos têm antecedentes policiais e alguns antecedentes criminais na área do roubo e tráfico de droga, afirmou à agência Lusa fonte da PJ.
A mesma fonte acrescentou que os cinco detidos residiam na zona da Marinha Grande.
A operação foi desencadeada pelo Departamento de Investigação Criminal de Leiria e Diretoria do Centro da Polícia Judiciária em cumprimento de mandados emitidos pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Leiria.