Tânia Freitas quer "lutar pela terra" onde nasceu
Médica veterinária e deputada é candidata do PS à Câmara de Santana
A médica veterinária que foi eleita deputada nas listas do PS para a Assembleia da Madeira, Tânia Freitas, aceitou ser candidata do partido para a Câmara de Santana para "lutar pela terra" onde nasceu.
"Aceitei com grande orgulho este desafio [candidatura às autárquicas] por várias razões. Quero lutar pela minha terra", disse a cabeça de lista à agência Lusa.
Tânia Freitas nasceu em 10 de agosto de 1980, é médica veterinária desde 2007 e foi eleita nas últimas Legislativas Regionais, sendo uma das deputadas do grupo parlamentar do PS na Assembleia Legislativa da Madeira, composto por 19 elementos.
"Não sou filiada em nenhum partido. Sou independente", sublinhou, referindo que a sua "experiência" se resume aos dois anos de atividade no parlamento madeirense e fazer parte da concelhia do PS de Santana, o concelho no norte da ilha.
Conforme já havia noticiado o DIÁRIO, Tânia Freitas é uma das seis mulheres candidatas nas eleições autárquicas indicadas pelo PS no total dos 11 concelhos da Região Autónoma da Madeira.
"Ao longo destes dois anos como deputada, as pessoas têm-me contactado para ser candidata à Câmara Municipal", mencionou, justificando ter sido este um dos motivos que contribuiu para a sua decisão.
O concelho de Santana é o único na Madeira governado pelo CDS-PP, partido que em 2013 acabou com a maioria que o PSD sempre detivera naquele município.
O atual presidente é Dinarte Fernandes, que também é pela primeira vez cabeça de lista, visto que assumiu as funções para substituir o responsável eleito, Teófilo Cunha, que foi escolhido para desempenhar o cargo de secretário das Pescas e do Mar no Governo da Madeira de coligação PSD/CDS.
Tânia Freitas destacou a "importância haver alternância na política", embora reconheça que esta aconteceu naquele concelho e que "isso não significa que as pessoas que estão [no atual executivo camarário] não deram o seu melhor".
"Santana deu já a alternância e foi muito bom. Há coisas positivas e é importante continuar", vincou, argumentando que "agora faz sentido haver pessoas novas que trazem novas ideias".
Para a candidata do PS, os principais problemas do município "são transversais aos concelhos da costa norte: a desertificação, a falta de jovens, de emprego e investimento".
"A falta de gente envolve muitas áreas de trabalho e não é um problema que se resolva de um dia para outro, sendo uma situação que é necessário reverter porque, a continuar assim, não vão existir crianças nas escolas", realçou.
Tânia Freitas referiu que o seu programa está a ser "idealizado, tem vários pilares, como o emprego, a agricultura, a pecuária, a área ambiental, o social e o apoio à população idosa".
A candidata do PS apontou que o seu "objetivo é ganhar as eleições", tendo aceitado o desafio para "ter o melhor resultado possível".
O atual executivo de Santana é composto por cinco elementos, sendo quatro do CDS e um do PSD. Nas autárquicas de 2017, o CDS-PP consolidou a posição conquistada em 2013 e obteve 2.797 votos (60,46%), contra 1.038 votos (22,44%) do PSD.
O concelho de Santana abrange uma superfície de 95,56 quilómetros quadrados, é composto por seis freguesias ( Santana, São Jorge, Arco de São Jorge, Faial, São Roque do Faial e Ilha), nas quais residem 7.719 pessoas (Censos 2011).
Nestas eleições são também candidatos a Santana Dinarte Fernandes (CDS), João Paulo Jesus (PSD) e Elisa Mendonça (CDU).
As eleições autárquicas ainda não têm data marcada, mas por lei realizam-se em setembro ou outubro.