"Não podemos cair no erro de achar que passar de 20% de ocupação hoteleira para 30% resolve seja o que for"
Quem o diz é André Barreto
"Não podemos cair no erro de achar que passar de 20% de ocupação hoteleira para 30% resolve seja o que for, porque não resolve absolutamente nada", disse André Barreto no 'Debate da Semana', programa da TSF-M, que é moderado por Leonel de Freitas.
Daí que tenha considerado que há "lentidão" no retomar da economia.
"Nós vínhamos de três anos bons, que sucederam sete anos maus. A juntar a estes dois anos dá num quadro de 12, nove anos maus e três anos bons. Em 2019, o destino desceu em quase 8% a sua taxa de ocupação. Já estávamos numa curva descendente e este decréscimo aparece ao mesmo tempo em que existe um aumento de 20% do número de camas. Quem está no mercado, já está com um grau de dificuldade relativamente alto. Temos que ter a capacidade para juntar este período pós-pandemia ao histórico recente e fazer daí a análise de vida". André Barreto
André Barreto não consegue compreender como é que os responsáveis dizem que fizeram "7 mil reservas" quando abriu o mercado inglês, mas esquecem-se de dizer "qual foi o número de cancelamentos que tiveram" depois de esse mercado ter fechado.
O que é que perdem com isto?". André Barreto
Por isso, fica estupefacto com o optimismo demonstrado pelos governantes.
Paulo Pereira também não compreende esta postura, referindo que esse optimismo em relação ao turismo "é quase o reviver da invasão iraquiana nos EUA em que o ministro da propaganda dizia que eles estavam a perder a guerra e que estavam cada vez mais longe, mas os tanques já estavam ao fundo com a bandeira dos EUA".
Já Cristina Pedra afirmou existir vontade de contratação por parte dos empresários da Madeira. No entanto, defendeu que os apoios sociais e subsídio de desemprego deviam ser fiscalizados.
Nas entrevistas de trabalho, têm sido imensos os casos que têm pedido para colocar que não cumprem com os requisitos da empresa, que é para continuarem sem a alocação ao trabalho. E claro que as empresas confrontadas com isto podem e devem informar ao Instituto de Emprego, mas mesmo que o Instituto de Emprego imponha esta contratação, o trabalhador já vai suficientemente desmotivado e o empresário não o quer receber na empresa. Era importante repensar todo o sistema". Cristina Pedra
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