Sindicato Democrático dos Professores defende medidas para recuperação de aprendizagens perdidas
O Sindicato Democrático dos Professores da Madeira reuniu esta sexta-feira com o Secretário Regional de Educação Ciência e Tecnologia.
A direcção do Sindicato Democrático dos Professores da Madeira (SDPM) reuniu esta sexta-feira, 18 de Junho, com o Secretário Regional de Educação Ciência e Tecnologia, Jorge Carvalho, com o objectivo de elaborar medidas de recuperação das aprendizagens perdidas.
António Pinho, presidente do SDPM defende que é necessário agir para minimizar "o défice nas aprendizagens dos alunos" no decorrer destes dois anos lectivos em contexto de pandemia. O SDPM acredita que as particularidades deste ano lectivo, nomeadamente, a interrupção das actividades lectivas presenciais em alguns graus de ensino e isolamentos profilácticos contribuíram para a perda de algumas aprendizagens em contexto escolar. "Toda a gente sabe que não foi uma circunstância normal, houveram muitas interrupções".
Para fazer face aos impactos negativos da pandemia na aprendizagem dos alunos, o SDPM solicita medidas à Secretaria Regional de Educação.
O que nós queremos é que a Secretaria, de certa forma, assuma medidas no sentido de minimizar o impacto nas aprendizagens dos alunos, que poderiam passar, na nossa opinião, por diminuição do número de alunos por turma, reforçar o apoio às aprendizagens, portanto, com mais apoio especializado e individualizado aos alunos e poderia passar pela utilização da codocência , dois professores em aula de aula. António Pinho, presidente do SDPM.
Segundo António Pinho, da reunião de hoje, resultou uma garantia, a Secretaria Regional da Educação fará uma análise casuística para levantar o impacto das interrupções lectivas e respectivas necessidades dos alunos, bem como adoptar medidas para recuperar as aprendizagens perdidas.
A situação será casuisticamente analisada, isto é, caso a caso, escola a escola. Portanto cada escola terá obrigatoriamente que verificar quais são os alunos que têm mais dificuldades, aqueles sobre os quais o impacto foi mais significativo e adoptar algumas destas medidas que eu aqui referi, reforças as medidas que algumas escolas já aplicavam, para ir ao encontro dessa dificuldade que os alunos sentiram e continuam a sentir. António Pinho, presidente do SDPM.
O SDPM considera que o 1.º ciclo foi o grau de ensino mais afectado, já que "é um ciclo menos autónomo, onde os alunos têm menos autonomia para as aprendizagens, estão muito dependentes ou quase exclusivamente dependentes da ajuda do professor".
Quanto ao ano lectivo 2020/2021, que está na recta final, António Pinho considera que apesar de todas as circunstâncias, os professores com "alguma resiliência e persistência" conseguiram minorar algumas dificuldades.
Podemos dizer que foi positivo, mas não podemos deixar de vincar que as dificuldades foram sentidas e que podem ter consequências futuras, por isso é que temos de estar atentos e atacar com novas medidas. António Pinho, presidente do SDPM.