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Suíça lidera ranking de competitividade mundial em 2021

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Foto EPA/LEANDRE DUGGAN / POOL

A Suíça aparece classificada como a economia mais competitiva do mundo no 'ranking de competitividade mundial' do IMD em 2021, subindo duas posições face a 2020 e melhorado amplamente o desempenho económico ao nível do investimento internacional e do emprego.

Num comunicado, o IMD (Institute for Management Development) precisa que "os helvéticos também se destacaram pela sua eficiência governativa, ascendendo ao topo do 'ranking' em matéria de finanças públicas e enquadramento institucional".

"Os bons resultados da Suíça estendem-se a várias componentes ligadas à eficiência empresarial: produtividade e eficiência, mercado de trabalho, práticas de gestão, atitudes e valores dos gestores e além disso, o país lidera os 'rankings' de infraestrutura e educação, ocupando o 3.º posto no de saúde e ambiente", refere o estudo.

A Suécia, que subiu do 6.º para o 2.º lugar, também sobressai em matéria de desempenho económico, mais especificamente nas áreas da economia doméstica e do emprego, tendo registado grandes progressos em matéria de eficiência governativa, com avanços ao nível das finanças públicas.

Em matéria de eficiência empresarial, a Suécia melhorou ligeiramente nos subcritérios "produtividade e eficiência" e "práticas de gestão", mas apresentou grandes avanços ao nível do mercado de trabalho e o país permanece no topo do ranking de saúde e ambiente, além de conseguir um bom desempenho na educação.

Apesar dos seus sólidos resultados nos fatores "comércio externo", "desempenho económico global" e "eficiência empresarial" (1.º lugar no 'ranking'), a Dinamarca desceu do 2.º para o 3.º lugar e na origem desta descida esteve um desempenho relativamente fraco em matéria de eficiência governamental (principalmente nas áreas da política fiscal e, em menor grau, das finanças públicas).

O estudo refere ainda que "a isto se juntou um desempenho menos conseguido em matéria de infraestrutura, com ligeiras quedas em todas as componentes com exceção da infraestrutura básica".

Além da Suíça, Suécia e Dinamarca, a Holanda e Singapura completaram o 'top 5' do 'ranking' em 2021, um ano marcado pela pandemia.

No 'top 10' do 'ranking' figura também a Noruega, que ocupa o 6.º lugar, tendo outros três países europeus galgado três lugares: a Itália (do 44.º para o 41.º), a Grécia (do 49.º para o 46.º) e a França (do 32.º para o 29.º).

A Europa de Leste manteve-se estável, ocupando os países desta região, em média, o 43.º lugar no 'ranking'.

Apesar das flutuações económicas e das potenciais recessões previstas para a Europa, o 'ranking' mostra que estas economias europeias têm os pilares certos para gerar prosperidade ao longo da próxima década, explicam os especialistas do World Competitiveness Center, adiantando que entre estes pilares contam-se a qualidade da educação e a fiabilidade dos setores privado e público.

O facto de o Reino Unido ter subido de 19.º para 18.º é parcialmente atribuído à proximidade do país com a Europa num tempo de mobilidade limitada - e apesar do Brexit, precisa o estudo.

Graças aos seus progressos na redução da pobreza e no desenvolvimento da infraestrutura e da educação, a China subiu do 20.º para o 16.º lugar, dando continuidade à trajetória ascendente que tem vindo a percorrer ao longo da última década.

Do ponto de vista regional, o Leste Asiático, a Ásia Central, a Europa Ocidental e a Europa de Leste subiram no 'ranking' de competitividade deste ano, enquanto, pelo contrário, a América do Norte, América do Sul e Sudoeste Asiático e África desceram.

O Leste Asiático manteve-se no topo da classificação. As economias desta sub-região ocupam em média o 17.º lugar no 'ranking' de competitividade, uma posição acima da do ano passado, traduzindo uma inversão da ligeira tendência descendente que se iniciara em 2018.

A Europa Ocidental dá continuidade à tendência positiva iniciada em 2019 e estreita o fosso que a separa do Leste Asiático em matéria de competitividade. Ao longo do último ano, os países desta sub-região melhoraram de maneira consistente o seu desempenho competitivo, ocupando em média a 19.ª posição.

Enquanto região, a América do Norte (Estados Unidos, Canadá e México) continua em queda, tendo entre 2016 e 2021, os países desta sub-região caído em média da 21.ª posição para a 26.ª posição do 'ranking' de competitividade.

Os países do Sul da Ásia e do Pacífico sofreram uma pequena queda entre 2020 e 2021, da 28.ª para a 29.ª posição média.

No Sudoeste Asiático e em África, a perda de competitividade reflete-se numa queda da 34.ª para a 38.ª posição média.

Por sua vez, as economias da Ásia Central recuperaram alguma competitividade, ocupando em média a 46.ª posição.

A América do Sul, que tinha apresentado melhorias em 2019 e 2020, voltou agora a descer. Ao longo do último ano, os países desta sub-região perderam competitividade, pelo que caíram da 54.ª para a 57.ª posição (em média).

O Sudeste Asiático e África tiveram ligeiras quedas este ano. Só um país (a Jordânia, em 49.º lugar) apresentou melhorias. O Botsuana entrou no ranking este ano, ocupando a 61.ª posição.