Madeira

Cláudia Monteiro de Aguiar pede mais apoios para os jovens pescadores

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Foto PSD

A eurodeputada Cláudia Monteiro de Aguiar defende a necessidade de "investimento na formação e remuneração dos pescadores jovens, sem nunca cair na tentação de marginalizar os mais velhos, que contam com uma experiência de valor incalculável". Esta é uma das reivindicações que constam do relatório de iniciativa 'Futuros pescadores: atrair uma nova geração de trabalhadores para o setor das pescas e criar emprego nas comunidades costeiras', do Parlamento Europeu.

Neste documento da Comissão de Pescas constam os pedidos dos eurodeputados para que a Comissão Europeia desenvolva políticas e estratégias de renovação geracional do sector das pescas.

A eurodeputada do PSD sublinhou as especificidades da pesca de pequena escala nacional, sem deixar de particularizar a praticada nas Regiões Ultraperiféricas que, “pela sua localização, ocupam uma posição primordial na monitorização e combate à pesca ilegal”.

“O sector em Portugal tem fragilidades conhecidas, nomeadamente ao nível do envelhecimento da sua frota, com repercussões graves em termos da segurança, e ao nível das suas infraestruturas portuárias. Sem embarcações seguras, sustentáveis e remuneração adequada o sector não consegue atrair os jovens”, sublinhou a eurodeputada eleita pelo PSD-Madeira.

Cláudia Monteiro de Aguiar refere que, durante a preparação do documento, deparou-se com a “falta de dados relativos ao sector das pescas, razão pela qual apelou à Comissão Europeia no sentido de o Eurostat recolher dados fidedignos e atualizados sobre a economia azul, nomeadamente números que espelhem a evolução do emprego, da remuneração média dos pescadores e participação por género e faixa etária. A papel das mulheres neste sector é determinante, deve ser estimulado, mas precisamos de números que nos revelem o seu real peso”.

“O novo FEAMPA será um instrumento essencial na captação de jovens, por isso sublinhamos a necessidade de um sistema de apoios facilitado e acessível à pesca artesanal e de pequena escala, sem o qual muitos dos fundos disponíveis não chegarão a quem mais deles precisa. O sector das pescas a nível europeu, particularmente em Portugal está envelhecido, é duro e pouco apelativo aos jovens. É preciso encontrar um equilíbrio, sem o qual será impossível inverter o declínio de um sector tão importante para o nosso país. Isso só será conseguido se apostarmos na formação, segurança, apoios financeiros, rendimentos justos e promoção do pescado europeu”, concluiu.

O relatório foi aprovado por unanimidade com 28 votos a favor.