Presidente da Junta da Ponta do Pargo indignado com fecho do Santander na freguesia
O presidente da Junta de Freguesia da Ponta do Pargo, Manuel Costa, mostra-se "indignado e muito triste" com o encerramento do único balcão na freguesia.
Manuel Costa avançou ao DIÁRIO que foi contactado na manhã desta quinta-feira pelo gerente do banco, que requisitou uma reunião: "Fiquei surpreendido com a notícia que me deu, nomeadamente o encerramento do balcão do banco no próximo mês de Julho.”
“Estou indignado e muito triste, porque a freguesia já teve dois bancos e agora ficamos a ver návios", frisou o presidente da junta. O autarca do CDS asseverou, ainda, que “além de um mal ainda vem outro pior." Referia-se à transferência das contas bancárias para o balcão do Porto Moniz, sendo que os cidadãos da Ponta do Pargo não contam com transporte público para se deslocar a tal balcão.
Atestou que a Junta de Freguesia da Ponta do Pargo vai tomar medidas, enviando uma carta à administração do banco com o intuito de apurar qual a solução que poderão dar, "porque é muito espaço entre uma agência e outra, uma na Calheta e outra no Porto Moniz", afirma.
Manuel Costa explica que a Ponta do Pargo conta com uma população "bastante envelhecida", sendo que as reformas de muitas destas pessoas iam para o banco. Elucida que os cidadão "iam lá conforme iam precisando, como para pagar o telefone, água e luz e às vezes pediam ajuda ao próprio funcionário do banco para fazer o pagamento na caixa multibanco e assim ficamos todos sem nada."
O presidente da Junta da Ponta do Pargo explicou que, pouco a pouco, a freguesia vai ficando sem nada de útil: "Portanto, agora vai o banco, daqui a uns dias vai escola, porque a maior parte das crianças vão para a escola da Raposeira, e um dia destes são capazes de fechar a própria igreja por falta de população."