Taxa de juro no crédito à habitação continua a bater mínimos
A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação na Madeira atingiu no mês de Maio um valor historicamente baixo, mantendo-se a tendência de regressão neste indicador, desta feita já nos 0,710%.
Um valor na taxa de juro que, desde Janeiro de 2009 não se encontra semelhante, sendo portanto um recorde mínimo do que a banca cobra para emprestar dinheiro para aquisição de casa. No mês anterior, a mesma taxa estava nos 0,722% e há um ano ainda estava nos 0,829%. Aliás, este indicador já vai no 9.º mês consecutiva a desvalorizar, desde Setembro de 2020.
Para termos de comparação, nos Açores a taxa de juro está nos 0,705% (a mais baixa do país), sendo que no Continente o mesmo indicador ascende aos 0,822%, totalizando a média nacional nos 0,820%. Em qualquer dos casos referidos são recordes absolutos dos últimos 11 anos e cinco meses.
No que toca aos valores em si, os madeirenses continuam a ser os que têm o maior capital em dívida, 58.053, tendo baixado 566 euros face ao mês anterior, enquanto que os açorianos têm dívida média muito inferior (50.531 euros) e os continentais ligeiramente abaixo (56.084 euros), bem como a média nacional (56.011 euros) face aos da Madeira, numa diferença que tem vindo a esbater-se. Por exemplo, em Maio de 2017 a diferença para com a média nacional era de 8.100 euros, agora só está nos 2.042 euros.
A prestação média total do crédito à habitação na Madeira voltou a baixar de 237 para 236 euros, sendo que 201 euros foram de capital amortizado e 35 foram dos juros pagos. Significa que apesar dos bancos cobrarem aos madeirenses uma taxa de juro mais baixa que a dos devedores no Continente e da média nacional, continua-se a pagar uma prestação total bem superior (233 e 232 euros respectivamente), sendo 39 e 38 euros em juros, por culpa do maior capital em dívida, ainda que o capital amortizado tenha sido maior (194 euros em ambos os casos).