Rio de Janeiro propõe mini carnaval numa ilha para provar eficácia de vacinas
O prefeito da cidade brasileira do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou segunda-feira que pretende celebrar um míni carnaval antecipado na ilha de Paquetá, cuja população será massivamente vacinada contra a covid-19 no próximo domingo.
"Se tudo der certo, já temos o nosso primeiro evento-teste marcado. 'Bora' vacinar", escreveu Paes na rede social Twitter.
O prefeito, amante declarado do carnaval, pretende organizar a festa em setembro nesta ilha localizada na Baía de Guanabara, a uma hora de barco do centro do Rio de Janeiro, onde terá lugar o primeiro grande evento carnavalesco da região em plena pandemia de covid-19.
Apenas a população local da ilha, onde moram cerca de 4.200 pessoas, está prevista participar no evento, embora a prefeitura não tenha especificado como vai controlar a entrada de visitantes.
O carnaval foi suspenso este ano em todo o país devido ao forte avanço da pandemia no Brasil, uma das nações mais afetadas da América Latina e que já somar 17,4 milhões de casos e mais de 487 mil mortes.
A ilha de Paquetá integra um estudo de vacinação massiva dirigido pela prefeitura do Rio de Janeiro em conjunto com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), um dos principais centros de investigação da América Latina e responsável pela produção local da vacina da AztraZeneca.
No próximo domingo, toda a população adulta que ainda não recebeu o imunizante será vacinada massivamente, no âmbito de um estudo que vem sendo realizado de forma semelhante em outras cidades brasileiras, como Serrana e Botucatu, ambas no estado de São Paulo.
A vacinação continua a avançar lentamente no país e apenas um quarto da população foi vacinada com um dose do antídoto, enquanto pouco mais de 11% receberam a dosagem completa.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.805.928 mortos no mundo, resultantes de mais de 175,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.