VI Maratona Internacional da Madeira em Patins foi um sucesso
Terminou em festa a VI Maratona Internacional da Madeira em Patins, que decorreu ao longo da manhã entre a Avenida do Mar e a Avenida Sá Carneiro, com várias provas de cadetes, juvenis, juniores e seniores, masculinos e femininos, sejam as provas curtas sejam as provas de longa distância, com vendedores belgas, Bart Swings e Sandrine Tas.
Alípio Silva, um dos organizadores da Madeira Roller Marathon, faz um “balanço extremamente positivo”, explicando que não poderia estar mais satisfeito, “tendo em conta a qualidade dos atletas que cá tivemos e o tempo que levou a organizar a prova, é impossível não estar feliz”, salientando contudo que “temos sempre coisas a melhorar”, mas que “o feed-back tem extremamente positivo”, nomeadamente dos responsáveis pelo circuito mundial, que “gostaram imenso do circuito”.
Ainda assim, acreditando que o MRM tem condições para se manter na elite de sete provas mundiais de patinagem de velocidade e longa distância, o responsável salientou que “provavelmente vamos ter de alterar uma situação à entrada da rotunda da Autonomia”, que será analisado no próximo ano.
Aproveitando o momento, Alípio Silva, que teve a confirmação da possibilidade de organizar a prova há dois meses e meio, tempo curto mas com objectivos plenamente alcançados, realçou os tempos alcançados, sendo que o vencedor da prova masculina ficou a cerca de um minuto do recorde mundial. “Não podia deixar passar este evento para agradecer todas as pessoas que contribuíram para isto”, acrescentou. “Desde a equipa de trabalho, que vem consolidando ano após ano, com jovens, pessoas muitas delas do concelho de Santana, temos conseguido levar a patinagem de velocidade a grandes voos, este ano dentro do circuito mundial”. Apontando ainda à Câmara Municipal do Funchal, que foi a principal incentivadora para que a prova candidatasse ao circuito mundial, bem como à Secretaria do Turismo, cujos apoios possibilitaram adquirir o sistema de cronometragem oficial. Também à Quinta do Furão ou ao DIÁRIO, entre outros.
Questionado sobre em que ponto está a patinagem na Madeira, Alípio Silva lembra que desde 2010 quando Andreia Canha venceu a primeira medalha europeia, “a modalidade tem vindo a crescer muito no panorama nacional e internacional”. E justificou: “Não foi um oásis e desde então só num ano e, naturalmente, em 2020 pela paralisação de provas, é que não atingimos medalhas europeias. A Madeira entrou no mapa das medalhas europeias e somos vistos por todo o mundo pelo trabalho de qualidade e de referência. Não há oura razão para estar aqui esta gente toda.”
Há, por isso, “muito trabalho a fazer”, garante, pois “atingimos o topo, mas agora mantermo-nos lá é difícil, pois só com estruturas, bases, e faltam-nos algumas, mas com o tempo, com alguma disciplina e rigor, vamos conseguir”, concluiu.
Opinião positiva da World Inline Cup
O director executivo da WIC (World Inline Cup), Volker Schlichting, estava visivelmente agradado com a conclusão do fim-de-semana de provas. “Foi definitivamente uma grande competição e hoje com esta paisagem à beira-mar, demonstrou ser uma boa escolha, numa excelente competição com muitos concorrentes de muitos países”, frisou, assegurando que “toda a gente ficou satisfeita”. “Tenho a certeza que a Madeira tem condições para continuar a organizar provas desta dimensão”, acrescentou o dirigente alemão, “muito feliz por a organização ter alcançado os objectivos, nomeadamente neste último ano marcado pela pandemia”, no qual houve mutos cancelamentos do circuito. A próxima prova organiza-se apenas no final de Setembro, em Berlim, após cancelamento de provas na República Checa, China, Países Baixos e Colômbia. Antes da Madeira a prova realizou-se em Itália há três semanas.
Vencedores satisfeitos
Bart Swings, vencedor da principal prova de masculinos, e que por um minuto não bateu o recorde mundial, disse ter ficado “muito contente pela vitória”, aproveitando para agradecer a equipa “muito forte” que trouxeram para a prova. “Tentamos vencer e penso que fomos bem sucedidos (o 2.º, Timothy Loubineaud é da mesma equipa, a Powerslide), embora tenha sido uma corrida muito difícil”.
E acrescentou: “Tentamos fazer muitos cortes no pelotão, muitos ataques para ter um pequeno grupo na frente, mas a corrida terminou muito equilibrada e ao sprint.” Aos 30 anos, o patinador belga era um dos principais cabeças de cartaz do evento.
Sandrine Tas, vencedora da maratona feminina, da equipa Powerslide, disse estar “muito feliz” não só pela vitória, mas pela corrida em si. “Foi muito bom terminar o fim-de-semana com uma vitória. Foi uma corrida dura, mas foram voltas muito agradáveis. Adorei tudo, a ilha é linda, o clima é muito bom e as pessoas são muito acolhedoras, por isso espero voltar”, apontou.
Pela primeira vez na Madeira numa prova de patinagem, embora não seja a primeira em provas desportivas, a atleta belga de 25 anos espera agora melhorar a forma para poder tentar a qualificação para os Jogos Olímpicos em patinagem no gelo.