VI Maratona Internacional da Madeira em Patins foi um sucesso
![Foto Rui Silva/Aspress](https://static-storage.dnoticias.pt/www-assets.dnoticias.pt/images/configuration/R/WhatsApp_Image_2021-06-13_at_15.51.15_1.jpeg)
Terminou em festa a VI Maratona Internacional da Madeira em Patins, que decorreu ao longo da manhã entre a Avenida do Mar e a Avenida Sá Carneiro, com várias provas de cadetes, juvenis, juniores e seniores, masculinos e femininos, sejam as provas curtas sejam as provas de longa distância, com vendedores belgas, Bart Swings e Sandrine Tas.
Alípio Silva, um dos organizadores da Madeira Roller Marathon, faz um “balanço extremamente positivo”, explicando que não poderia estar mais satisfeito, “tendo em conta a qualidade dos atletas que cá tivemos e o tempo que levou a organizar a prova, é impossível não estar feliz”, salientando contudo que “temos sempre coisas a melhorar”, mas que “o feed-back tem extremamente positivo”, nomeadamente dos responsáveis pelo circuito mundial, que “gostaram imenso do circuito”.
Ainda assim, acreditando que o MRM tem condições para se manter na elite de sete provas mundiais de patinagem de velocidade e longa distância, o responsável salientou que “provavelmente vamos ter de alterar uma situação à entrada da rotunda da Autonomia”, que será analisado no próximo ano.
Aproveitando o momento, Alípio Silva, que teve a confirmação da possibilidade de organizar a prova há dois meses e meio, tempo curto mas com objectivos plenamente alcançados, realçou os tempos alcançados, sendo que o vencedor da prova masculina ficou a cerca de um minuto do recorde mundial. “Não podia deixar passar este evento para agradecer todas as pessoas que contribuíram para isto”, acrescentou. “Desde a equipa de trabalho, que vem consolidando ano após ano, com jovens, pessoas muitas delas do concelho de Santana, temos conseguido levar a patinagem de velocidade a grandes voos, este ano dentro do circuito mundial”. Apontando ainda à Câmara Municipal do Funchal, que foi a principal incentivadora para que a prova candidatasse ao circuito mundial, bem como à Secretaria do Turismo, cujos apoios possibilitaram adquirir o sistema de cronometragem oficial. Também à Quinta do Furão ou ao DIÁRIO, entre outros.
Questionado sobre em que ponto está a patinagem na Madeira, Alípio Silva lembra que desde 2010 quando Andreia Canha venceu a primeira medalha europeia, “a modalidade tem vindo a crescer muito no panorama nacional e internacional”. E justificou: “Não foi um oásis e desde então só num ano e, naturalmente, em 2020 pela paralisação de provas, é que não atingimos medalhas europeias. A Madeira entrou no mapa das medalhas europeias e somos vistos por todo o mundo pelo trabalho de qualidade e de referência. Não há oura razão para estar aqui esta gente toda.”
Há, por isso, “muito trabalho a fazer”, garante, pois “atingimos o topo, mas agora mantermo-nos lá é difícil, pois só com estruturas, bases, e faltam-nos algumas, mas com o tempo, com alguma disciplina e rigor, vamos conseguir”, concluiu.
Opinião positiva da World Inline Cup
O director executivo da WIC (World Inline Cup), Volker Schlichting, estava visivelmente agradado com a conclusão do fim-de-semana de provas. “Foi definitivamente uma grande competição e hoje com esta paisagem à beira-mar, demonstrou ser uma boa escolha, numa excelente competição com muitos concorrentes de muitos países”, frisou, assegurando que “toda a gente ficou satisfeita”. “Tenho a certeza que a Madeira tem condições para continuar a organizar provas desta dimensão”, acrescentou o dirigente alemão, “muito feliz por a organização ter alcançado os objectivos, nomeadamente neste último ano marcado pela pandemia”, no qual houve mutos cancelamentos do circuito. A próxima prova organiza-se apenas no final de Setembro, em Berlim, após cancelamento de provas na República Checa, China, Países Baixos e Colômbia. Antes da Madeira a prova realizou-se em Itália há três semanas.
Vencedores satisfeitos
Bart Swings, vencedor da principal prova de masculinos, e que por um minuto não bateu o recorde mundial, disse ter ficado “muito contente pela vitória”, aproveitando para agradecer a equipa “muito forte” que trouxeram para a prova. “Tentamos vencer e penso que fomos bem sucedidos (o 2.º, Timothy Loubineaud é da mesma equipa, a Powerslide), embora tenha sido uma corrida muito difícil”.
E acrescentou: “Tentamos fazer muitos cortes no pelotão, muitos ataques para ter um pequeno grupo na frente, mas a corrida terminou muito equilibrada e ao sprint.” Aos 30 anos, o patinador belga era um dos principais cabeças de cartaz do evento.
![Foto Instagram/Powerslide Matter](https://static-storage.dnoticias.pt/www-assets.dnoticias.pt/images/configuration/OR/200079605_266364758573452_6347960699286118257_n.jpg)
Sandrine Tas, vencedora da maratona feminina, da equipa Powerslide, disse estar “muito feliz” não só pela vitória, mas pela corrida em si. “Foi muito bom terminar o fim-de-semana com uma vitória. Foi uma corrida dura, mas foram voltas muito agradáveis. Adorei tudo, a ilha é linda, o clima é muito bom e as pessoas são muito acolhedoras, por isso espero voltar”, apontou.
Pela primeira vez na Madeira numa prova de patinagem, embora não seja a primeira em provas desportivas, a atleta belga de 25 anos espera agora melhorar a forma para poder tentar a qualificação para os Jogos Olímpicos em patinagem no gelo.
![Foto Instagram/Powerslide Matter](https://static-storage.dnoticias.pt/www-assets.dnoticias.pt/images/configuration/OR/201174426_511264256856847_2931840581682204871_n.jpg)