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Mais 2.216 mortes e 85.149 novos casos nas últimas 24 horas no Brasil

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O Brasil somou 2.216 mortes e 85.149 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, elevando o total para 484.235 óbitos e 17.296.118 infeções no país, informou hoje o Ministério da Saúde brasileiro.

Os dados de hoje são parciais, não contabilizando os números do Estado do Ceará, que, pela segunda vez esta semana, não conseguiu comunicar atempadamente os registos das últimas 24 horas devido a problemas técnicos.

A taxa de incidência da covid-19 em solo brasileiro aumentou hoje para 230 mortes e 8.230 casos por 100 mil habitantes, segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela tutela da Saúde.

Além disso, a taxa de letalidade da doença permanece em 2,8% há várias semanas.

O Brasil, com 212 milhões de habitantes e que, segundo especialistas, se aproxima de uma terceira vaga da doença, é um dos três países mais afetados pela pandemia em todo o mundo, juntamente com os Estados Unidos da América e com a Índia.

A nível nacional, São Paulo continua a ser o foco interno da pandemia, concentrando 3.428.356 diagnósticos positivos de Sars-CoV-2 e 117.344 vítimas mortais.

No momento em que o Governo brasileiro é investigado por alegadas falhas e omissões na gestão da pandemia por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), o Presidente do país, Jair Bolsonaro, foi hoje vaiado após entrar num avião para cumprimentar passageiros no aeroporto de Vitória, no estado Espírito Santo.

Num vídeo partilhado nas redes sociais, é possível ouvir alguns passageiros a gritarem "Fora Bolsonaro" e "genocida", classificação que o Presidente brasileiro tem recebido de vários políticos devido à sua gestão da pandemia.

Enquanto tirava fotos com outros passageiros que o apoiam e com a tripulação, Bolsonaro aproveitou para atacar os críticos.

"Quem fala 'Fora Bolsonaro' deveria estar a viajar de jegue [jumento]. (Quem fala) 'Fora Bolsonaro' devia estar viajando de jegue, não de avião. Para ser solidário com o candidato deles", afirmou Bolsonaro, num outro vídeo partilhado nas redes sociais do mandatário.

Durante a sua viagem ao Espírito Santo, onde entregou um conjunto habitacional social, Bolsonaro causou aglomerações e interagiu com os seus apoiantes, não usando máscara em algumas ocasiões.

O chefe de Estado gerou polémica na quinta-feira, ao anunciar que o seu Governo irá publicar um parecer desobrigando o uso de máscaras para cidadãos já vacinados contra a covid-19 e para os que já estiveram infetados.

Para profissionais de saúde e infetologistas, retirar as máscaras neste momento, quando nem metade da população está imunizada no Brasil, é "temerário".

No Brasil, apenas 11% de seus 212 milhões de habitantes receberam a imunização completa contra a doença.

A pandemia de provocou, pelo menos, 3.775.362 mortos no mundo, resultantes de mais de 174,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.