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Quase metade dos marroquinos considerava-se pobre em 2019

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Foto EPA/JALAL MORCHIDI

Cerca de 45% da população de Marrocos considerava-se 'pobre' em 2019, contra 46,3% que referia este sentimento em 2013, segundo um estudo realizado por uma entidade dependente do Governo.

O trabalho do Observatório Nacional de Desenvolvimento Humano, com o título "Dinâmica da pobreza em Marrocos", ontem divulgado nos meios de comunicação social no país, especifica que 38,6% dos marroquinos que vivem em cidades diziam sentir-se pobres, uma percentagem que subia para 58,4% nas zonas rurais.

É, no entanto, referido que a taxa de pobreza absoluta desceu desde 2001 e em 2019 representava 1,2%, num contexto de melhoria geral do nível de vida dos marroquinos, principalmente nas áreas urbanas.

Também a taxa de pobreza relativa apresentava uma redução de 20,4% em 2001 para 17,7% em 2019, segundo o organismo.

As conclusões do Observatório referem que quase metade da população viveu pelo menos "uma experiência de pobreza" entre 2012 e 2019, período em que 18,2% se encontrava em situação de pobreza crónica (34,4% nas zonas rurais e 5,5% nas urbanas).

A entidade refere que uma pessoa pobre tem 55,7% de possibilidade de sair da pobreza e 43,3% de continuar pobre, mas aqueles que não são pobres têm 86,3% de possibilidade de manter esta situação, ou seja, de não passar para a pobreza.

Segundo o Alto Comissariado do Planeamento, uma entidade estatal marroquina, a incidência da pobreza multiplicou-se por sete durante a crise relacionada com a pandemia de covid-19.