Mentir dizendo a verdade
António Costa (AC) em visita à ilha da Madeira para apoiar os candidatos socialistas às próximas autárquicas, teceu um tipo de considerações a que já nos habituou como Primeiro Ministro (PM), que se limitam a constatar o óbvio e revelam toda a sua incapacidade para tomar decisões políticas capazes de contribuir para tirar o País do marasmo em que se encontra fruto de 20 anos de governação socialista dos quais os 6 últimos são da sua responsabilidade. Foi preciso a crise pandémica da Covid 19 para AC perceber que nenhum país ou região deve estar dependente de uma única indústria seja ela o turismo ou qualquer outra. Também só agora se deu conta que a imensidão do mar português e a imensa riqueza que ele alberga se deve ao facto de os arquipélagos da Madeira e dos Açores serem parte integrante de Portugal. Provavelmente apenas no decorrer desta sua última visita à ilha da Madeira é que se deu conta da enorme limitação que a RAM como região periférica e ultra-periférica enfrenta para efeitos de mobilidade e que constitui o seu maior constrangimento atual não só à diversificação do mercado turístico como à implantação de alternativas economicamente viáveis. A RAM que inclui o Porto Santo do qual parece que AC se esqueceu, não precisa que o PM lhe venha falar daquilo que já conhece por experiência própria e pelas dificuldades por que tem passado e continuam por resolver fruto da governação de AC baseada em promessas nunca cumpridas durante estes últimos 6 anos, que não são mais do que propaganda para enganar os mais distraídos. Tudo se torna ainda mais grave pelo facto de o PM ter estado desde o início do ano na presidência da UE que terminará em breve, sem que daí adviesse qualquer consequência positiva no sentido de solucionar um que seja dos problemas que a RAM enfrenta e condicionam o seu desenvolvimento. AC é perito em mentir dizendo a verdade quando faz promessas que não cumpre, os OE são prova disso, bem como quando reafirma o óbvio.
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