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Macron pede a laboratórios que doem 10% de vacinas a países pobres

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Foto EPA/FRANCOIS MORI / POOL MAXPPP OUT

O presidente francês, Emmanuel Mácron, pediu hoje às empresas farmacêuticas que doem 10% das vacinas contra a covid-19 vendidas aos países pobres e espera ver cumprida a meta do G7 de vacinar 60% de africanos até março de 2022.

"A doação de vacinas anti-covid-19 pelos Estados deve ser complementada por uma doação de doses pelos laboratórios farmacêuticos, tal como durante a pandemia causada pelo vírus H1N1", disse Macron em declarações aos jornalistas, citado apela agência francesa AFP.

Segundo o presidente francês, "os Estados financiaram massivamente a pesquisa e a compra de doses", considerando ser "legítimo" que a indústria farmacêutica contribua proporcionalmente" a esses apoios.

"Quero também que o G7, que começa sexta-feira no Reino Unido, avalie a meta de 60% de africanos vacinados até o final do primeiro trimestre de 2022", meta definida pela agência de crise da União Africana, que prevê uma meta intermédia de 40% no final de 2021", referiu.

Macron classificou de "correto" o objetivo de atingir 60% de inoculações em África e sublinhou que deve ser esse o compromisso a subscrever no âmbito deste G7.

"A França está pronta a cumprir plenamente o seu papel", garantiu presidente francês, lembrando que a França como Alemanha anunciaram a sua intenção de doar, cada um, 30 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, "o que permite à União Europeia ter pelo menos o objetivo de 100 milhões de doses administradas".

O presidente francês "saudou" ainda a intenção hoje anunciada pela Casa Branca de doar 500 milhões de doses aos países pobres.

"Se eles são mais ambiciosos do que nós [europeus], devemo-nos juntar à ambição deles e fazer, pelo menos, o mesmo", sublinhou.

Macron insistiu que os Estados Unidos devem levantar "as restrições à exportação de componentes que, segundo ele, têm impedido a produção de vacinas" noutros países, considerando que o fim dessas restrições é uma "prioridade imediata".

A pandemia de provocou, pelo menos, 3.764.250 mortos no mundo, resultantes de mais de 174,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 17.043 pessoas dos 855.432 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.