Visita Presidencial Madeira

"A vida continua"

Marcelo diz que estamos "no fim ou quase no fim de uma pandemia muito dolorosa" e alerta para 'dever' de Portugal receber mais imigrantes

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Foto Hélder Santos/ASPRESS
A vida continua, a vida recomeça, a vida reconstrói-se, olhando para o futuro, fiéis a nove séculos de história, sempre sob o signo da eternidade.

Foi deste modo que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa terminou o discurso da Cerimónia Militar Comemorativa do Dia de Portugal.

Dia este que o Chefe de Estado considerou "tão diferente do 10 de Junho de 2020", quando, face à evolução da pandemia da covid-19, as comemorações previstas para a Madeira e para a África do Sul foram canceladas, tendo sido a data assinalada com uma "cerimónia simbólica" no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, apenas com os dois oradores e seis convidados.

Hoje, em plano Funchal, Marcelo fala em recuperação económica, apelando  "à convergência".

O Presidente avisa que esse caminho não pode “não chuva de interesses para alguns”, mas algo que se “veja como interesse coletivo”.

Pediu ainda que não se “desperdicem” os “fundos que nos podem ajudar” e insta os portugueses a fazer com 'a bazuca' aquilo que os nossos antepassados fizeram ”com as especiarias, o ouro, a prata ou os fundos comunitários” em anos anteriores.

O discurso, que hoje decorreu na baía do Funchal, fica também marcado por uma alusão aos imigrantes.

"Temos de receber ainda mais do que temos recebido”, afirmou, vincando que Portugal não se deve esquecer que é um país de emigrantes.

A aposta na economia do mar e o aprofundamento da autonomia foram outros dos temas focados pelo Presidente na sua intervenção.