“É urgente definir limitação de mandatos”
Daniel Meneses assume a derrota imposta pelos sócios, destaca a vitalidade que veio dar ao Clube e propõe várias alterações.
Resignado com a vontade da maioria dos sócios do CD Nacional, Daniel Meneses, o candidato derrotado, congratulou-se com a forte mobilização ocorrida esta tarde ao acto eleitoral.
Embora tivesse falhado o grande objectivo, “que era vencer”, sublinhou que o outro objectivo foi “cumprido”, referindo-se aos mais de 600 sócios que exerceram o direito de voto e demonstraram “que o Nacional está vivo”.
Quando ao resultado, “os sócios são soberanos. É o caminho que escolheram para o clube. Nós fizemos a nossa parte, tentamos elucidar o máximo sobre o nosso projecto”, começou por reagir.
Assumiu a derrota e enalteceu a vitalidade que o clube hoje demonstrou. “Aqui está a verdadeira resposta”, aludindo não só ao número recorde de votantes, mas também às dezenas de nacionalistas que fizeram ‘vigília’ à porta da sede, tal era a expectativa que este sufrágio despertou. “Esta vitalidade que nós vimos no dia de hoje” atribuiu à sua candidatura, por entender que “pela primeira vez o clube abriu-se aos sócios” para debater ideias.
Sócios que “entenderam dar continuidade a um projecto que nós discordamos, mas respeitamos”, deixou claro.
Ficou a promessa de doravante estar “mais atentos, mais alerta”, mas também a garantia de estar disponível para colaborar “no que for preciso para o crescimento do nosso clube”, caso haja “humildade do outro lado, nós cá estaremos para colaborar com o nosso CD Nacional”.
Sobre uma possível (re)candidatura em 2024, Meneses diz apenas que “o futuro o tempo o dirá”, embora garanta que vai andar por perto a acompanhar o clube.
Considerou que esta foi uma luta desigual tendo em conta os 26 anos de presidência do candidato adversário, mas assume que infelizmente esta realidade “faz parte das regras do jogo”. Ainda assim, pese embora “humildemente aceitar” a derrota, entende que está na hora desta eleição motivar reflexão interna, sobretudo por entender que “é urgente” o Clube criar um regulamento eleitoral, rever os Estatutos, limitar mandatos, e rever a situação financeira.