O Caminho do Areeiro de Baixo está a ser objeto de uma intervenção para substituição da rede de água potável, obra que está a cargo da Câmara Municipal do Funchal. A atual rede tem fugas assinaláveis, que lesam os moradores cujas moradias ficam abaixo do nível da estrada, causando estragos, quer nos quintais, quer nas próprias moradias, sendo bem visível as infiltrações em algumas delas.

O caricato desta intervenção é que o empreiteiro vai colocar a nova rede, procedendo de seguida ao alcatroamento de toda a estrada, ficando as ligações às moradias para uma segunda intervenção, segundo consta objeto de um novo concurso.

Pelos vistos a CMF não tem problemas financeiros e esbanja dinheiro, pois quando nesta intervenção poderia e deveria fazer as ligações às moradias, vai pagar o alcatroamento e depois mandar rebentar, para novamente alcatroar e os moradores continuarão, sabe-se lá por mais quanto tempo, à espera da solução de um problema que lhes causa graves prejuízos.

Existe uma falta de planeamento e de visão por parte dos técnicos da CMF e ninguém é responsabilizado pelo mau serviço que prestam à população. Com esta intervenção deveria ter sido equacionada, em simultâneo, a substituição da atual rede aérea de comunicações, com postes e fios a lembrar o terceiro mundo ou a Índia e o Brasil, por uma rede subterrânea.

É assim tão difícil, juntar à mesma mesa os organismos que tutelam a eletricidade, as comunicações e a Câmara com os planos das redes de águas pluviais, de abastecimento público e de esgotos, de modo a decidir em conjunto e numa única intervenção?

É claro que quanto mais burocracia e mais obras, mais se vão enchendo os bolsos dos empreiteiros e nós cá estamos para pagar.

Luís A. Gonçalves