Madeira

JP Madeira quer mais produção familiar de energia renovável

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A JP – Juventude Popular da Madeira, estrutura autónoma de juventude do CDS-PP Madeira, reuniu com a ACIF – Associação Comercial e Industrial do Funchal, entidade coordenadora do projecto SMILE, com o objectivo de aprofundar o seu conhecimento sobre este projecto internacional que pretende encontrar novas soluções para a produção de energia solar em diferentes segmentos.

A JP Madeira acredita que a produção familiar de energia renovável será crucial para reduzir a percentagem de energia produzia através de combustíveis fosseis na Madeira e para atingir as marcas mais próximas dos 100% de produção de energia renovável na Madeira no longo prazo.

Marco António Teles, porta-voz da JP nesta iniciativa, alertou que “os grandes projectos de energias renováveis serão importantes para este primeiro impulso de transformação para as energias limpas, mas para chegarmos a quotas mais altas de energia limpa no total da energia consumida será crucial a produção familiar e particular”.

O jovem centrista reforça que “até por uma questão de planeamento urbanístico e gestão de território", a produção familiar e particular permite "reduzir drasticamente a pressão sobre a área a utilizar para a produção de energia, pois permite aproveitar áreas que já estão construídas e que não têm aproveitamento directo como os telhados”.

Nesse sentido, a JP Madeira saúda a recente alteração legislativa que já permite a venda do excedente de produção de determinada família à rede. “Durante vários anos a Madeira foi a única região do país onde isso não era possível", apontou.

Já para Pedro Pereira, presidente da JP Madeira, com esta medida "é possível assegurar a qualidade e estabilidade da rede regional de energia ao mesmo tempo que promovemos os investimentos necessários por parte das famílias para reduzir a nossa dependência dos combustíveis fósseis”.

A JP Madeira defendeu ainda a necessidade de haver estabilidade fiscal também nesta área.

“Não é aceitável que constantemente se altere os benefícios fiscais atribuídos a este tipo de investimento. Quem planeia um investimento faz as suas contas e toma a sua decisão de investimento com base no quadro de apoios vigente. Se se alteram as condições, alteram-se os prazos de recuperação de investimento e todos os indicadores que levaram à tomada da decisão em primeira instância. Isto não é promotor de confiança para quem quer investir e se não há confiança, não há investimento”, sustentou Pedro Pereira.