Comportamento de “cata-vento”
“Um cata-vento tem uma grande vantagem sobre o dr. Rui Rio: é que um cata-vento ao menos tem pontos cardeais, o dr. Rui Rio não tem”, disse o Primeiro Ministro António Costa (PMAC). Pontos cardeais tem a Rosa dos Ventos e são inamovíveis, ao invés do “cata-vento” que se move em qualquer direção ao sabor do vento, tal como o PMAC conforme o quadrante de onde sopra o “vento” do oportunismo político. Foi assim quando numa visita oficial com o Presidente da República a uma fábrica de automóveis se lhe antecipou no anúncio da respetiva candidatura ao atual mandato procurando tirar dividendos políticos. Tal como na última campanha eleitoral para as legislativas onde tentou conseguir uma maioria absoluta apelando à “direita” e para isso não se coibiu de desqualificar os parceiros BE e PCP como sendo incapazes para fazer parte do seu governo. De igual modo quando procura fazer-nos esquecer que foi ministro de Sócrates, sem o mínimo reparo a essa desastrosa governação que levou o País quase à bancarrota. O mesmo PMAC que em entrevistas a tudo o que é órgão de comunicação pretende descartar as responsabilidades do PS na má governação do País nos últimos 20 anos. PMAC que pretende igualmente distrair-nos das enormes responsabilidades da sua governação no escândalo dos trabalhadores imigrantes vítimas de tráfico humano em Odemira, explorados e vivendo em condições miseráveis desde há anos, numa autarquia socialista que pelos vistos silenciou esse escândalo tornado agora público por força da pandemia. PMAC que neste momento deveria liderar a UE mas que só aparece para socializar com os outros líderes e cuja única preocupação ao nível da UE é a “bazuca” do dinheiro que espera de lá receber, procurando criar-nos a ilusão que isso resolverá todos os nossos problemas. Mas até nisso mostrou o seu comportamento de “cata-vento” pois só tornou públicas as reformas sociais exigidas pela UE para aprovar o PRR, depois do “sopro” do Expresso ao divulgá-las.
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