Madeira

Sindicato dos Jornalistas da Madeira diz que apoios à comunicação social devem ser fiscalizados

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O presidente da Delegação da Madeira do Sindicato dos Jornalistas defendeu hoje que o programa MediaRAM, criado pelo Governo Regional para apoiar a comunicação social escrita, deve ser alvo de fiscalização.

"Qualquer apoio público deve ser entregue às empresas de comunicação social, mas deve ser fiscalizado e consignado à utilização na redação. E esse apoio deve ser investido em recursos humanos ou em projetos editoriais e nunca sem qualquer controlo", disse António Macedo Ferreira.

O sindicalista falava na Comissão Especializada Permanente de Política Geral e Juventude, na Assembleia Legislativa, numa audição requerida pelo PSD sobre os apoios à comunicação social privada.

Referindo-se ao programa MediaRAM, disse ser uma "coisa muito positiva" e lembrou que "este ano, abriu-se pela primeira vez à possibilidade de jornais não impressos poderem também concorrer a este apoio".

António Macedo Ferreira lamentou, contudo, que este programa não seja também dirigido às estações de rádios, que considerou estarem "mortas" na região.

O dirigente sindical aludiu ainda "a uma coisa estranha" de haver na região uma estação de rádio privada, que "é intitulada de informação, e não tem um único jornalista", numa alusão ao despedimento coletivo de três jornalistas na TSF.

O presidente da Delegação da Madeira do Sindicato dos Jornalistas considerou ainda que a pandemia da covid-19 veio reforçar o papel da comunicação social e lamentou que o programa "Literacia para os Media", que seria administrado nas escolas, não tenha sido apoiado pelo Governo Regional.

No âmbito do MediaRam, os dois órgãos de comunicação social escritos na região recebem cada 300.000 euros de apoios anuais.

Esta Comissão irá ainda ouvir os responsáveis do Diário de Notícias da Madeira e do Jornal da Madeira (JM), ambos disponíveis em versão papel, e do jornal 'online' Funchal Notícias.