Os tempos estão perigosos para a seriedade
Quando do tempo já se conhece quase todas as estações (já vivo o Outono) a gente descobre que não importa o que dizem do nosso caminho. O que vale é o que se plantou. E, passe a imodéstia, eu fui deixando sementes. Por isso, não me coíbo de expressar a minha opinião mesmo que ela desagrade a alguém que gostaria que me remetesse ao silêncio.
Irrita-me profundamente a arrogância e prepotência dos que mandam calar, por palavras ou acções, os que pensam fora da caixa. Mais ainda quando acham que tudo o que se diz envolve conotação político-partidária. Quem não afina pelo diapasão de tão doutas inteligências passa a “persona non grata”.
Um erro deve ser corrigido e tem de ser feito sem hesitações. Sem atirar culpas a terceiros, sem se esconder e enredar em justificações pseudo-técnicas, nem em pareceres feitos “a talho de foice”.
Há erros a que a maior parte de nós é alheia, mas que vai pagar muito caro. Basta um olhar mais atento à nossa volta, recuar um pouco no espaço e no tempo e comparar o que era com o que é, o que e como ficou...
Não se pode justificar o injustificável. As alterações climáticas não podem ser desculpa para a má e arbitrária intervenção humana que é o principal factor de degradação /destruição ambiental. Do mar à serra, mas com maior visibilidade junto ao litoral. Haja seriedade.
Fico por aqui. Cada um faça a sua leitura e tire as suas ilacções.
Madalena Castro