Madeira

PSD vota contra as contas da CMF e critica “actuação muito aquém das expectativas”

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Os vereadores do PSD eleitos à Câmara Municipal do Funchal (CMF) votaram contra as contas relativas da autarquia do ano de 2020, na reunião de câmara extraordinária, que decorreu esta segunda-feira, 31 de Maio.

Os social-democratas consideram que “a actuação do executivo socialista não esteve à altura das necessidades e ficou muito aquém das expectativas”, conforme afirma a vereadora Joana Silva.

Entre outras falhas, aponta o facto da autarquia "ter mantido, neste ano tão difícil e atípico para todos os funchalenses, em função da pandemia covid-19, uma carga fiscal superior à de 2013 em quase 7 milhões de euros”.

“Temos hoje uma cidade onde não foram criadas oportunidades para a captação de investimento privado e onde são inúmeras as queixas quanto à morosidade na análise e na atribuição de licenciamentos, o que contradiz a necessidade urgente de termos novos negócios a surgir e a criar emprego”, explica a vereadora, que condena, ainda, o "desleixo", a "falta de cuidado" e a "falta de investimento da autarquia" tanto na área do saneamento básico, quanto na prevenção das ruturas do abastecimento de água e ou nos meios de recolha e limpeza da cidade.

Joana Silva critica, ainda, o facto de, no plano plurianual de investimentos, verificar-se uma taxa de execução de cerca de 48%, que resulta num "agravamento das condições de vida da população".

“É grave que, perante as necessidades que tanto as famílias quanto as empresas do Funchal enfrentaram neste último ano e continuam a enfrentar, este executivo não tenha sido capaz de responder, de forma firme e objetiva, a tempo e horas, minimizando os impactos – como era sua responsabilidade – preferindo, em vez de agir e ajudar a população, guardar 10,6 milhões de euros depositados em bancos", vincou a social-democrata.

A vereadora 'laranja' remata dizendo que o actual executivo mantém "uma política camarária baseada em medidas avulsas" e de "fachada e de imagem", centrada na "figura do presidente", enquanto que o Funchal permanece uma "cidade estagnada".