O MEL foi fel
O Movimento Europa e Liberdade (MEL), promoveu um congresso, onde coube a direita, a extrema-direita e o Estado Novo (!). O discurso dos líderes do CDS e IL foram irrelevantes. Este conclave também foi para dar holofote a André Ventura, que ao entrar na sala até interrompeu o orador.
Houve vencedores. Este, que apesar de ser da extrema-direita teve palco. Também Passos Coelho, ali erigido a «salvador da pátria», que quando desgovernou disse que íamos empobrecer, para ficarmos ricos... o resultado está visto. Após 2015, disse que o diabo viria... Será ele o mafarrico?
Quem ali esteve: IL, PSD, Chega, CDS e defensores do Estado Novo são representantes do capitalismo. Que tem trazido este? Iniquidades sem freio, indigência social, ofensiva contra os trabalhadores assente numa desalmada exploração... A juntar à fidelidade canina da austeridade, que é o programa destes partidos (!).
Uma historiadora bafienta e saudosa do salazarismo, até citou, Fernando Pessoa para elogiar Salazar e um figurão medíocre na mesma onda teve a ignomínia de branquear o ditador, dizendo que os índices económicos melhoraram (não foi para o Povo que comia pão com dentes), e os níveis de analfabetismo, pasme-se!, diminuíram.
O «submarino», Paulo Portas fez um discurso de pré-candidato à presidência da República. É caso para clamar: Vá de retro satanás! O discurso final coube a Rui Rio e reservou-nos uma «pérola»: O PSD não é de direita (!). É do centro. Rio é um péssimo comediante e ao não fazer uma cerca política à extrema-direita, jamais se pode autointitular do centro.
Haja alguém que lhe diga que está a ser canibalizado pelo Chega, porque o CDS, já foi «comido».
O maior vencedor foi António Costa, que parece ter sido o cérebro do MEL. Este pela não união foi fel.
O fascismo saiu mais vincado, daí, como é que o PS e Costa vão descalçar esta bota cardada?
Vítor Colaço Santos