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Situação do vulcão Nyiragongo é "grave" mas "sob controlo"

Garantia do presidente da República Democrática do Congo

Foto EPA/Michel Lunanga
Foto EPA/Michel Lunanga

A situação é "grave", mas está "sob controlo" na República Democrática do Congo (RDCongo), após a erupção do vulcão Nyiragong e a retirada de vários milhares de habitantes de Goma, disse ontem o Presidente, Félix Tshisekedi.

"Há um fluxo de lava subterrânea que pode surgir a qualquer momento em qualquer lugar da cidade", acrescentou o chefe de Estado, "desaconselhando vivamente o regresso a Goma".

A lava "já não está na cratera, mas o vulcão continua ativo", explicou Tshisekedi, admitindo que devem ficar "atentos" e não se precipitarem com o regresso das populações.

"Temos o controlo da situação", reafirmou o Presidente, salientando que os deslocados "partiram" depois de uma "situação inédita" em que "a erupção em si não estava prevista por nenhum observatório do mundo".

O fluxo de lava subterrâneo "abriu a porta de várias hipóteses, todas elas colocando em perigo a vida" das populações de Foma e, por isso, era absolutamente necessário que a cidade fosse evacuada, argumentou.

"Prefiro ter de cuidar das populações deslocadas do que elas sejam dizimadas por um desastre natural", rematou.

As autoridades da RDCongo ordenaram a retirada de 400.000 pessoas em 10 distritos de Goma, perante o risco de uma nova erupção do Nyiragongo, perto da cidade congolesa de Goma.

De acordo com o Observatório Vulcanológico de Goma, os fortes tremores que continuaram na quinta-feira - um deles de intensidade 4,9 na escala de Richter - poderão causar novos derramamentos de lava através de fendas na montanha.

A primeira erupção de lava, pó e gás, em 22 de maio, matou pelo menos 32 pessoas e, segundo a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC), destruiu mais de 900 casas, entre outros danos materiais.

As necessidades de ajuda humanitária na província do Kivu Norte, da qual Goma é a capital, já eram grandes dado a região alberga 44% dos 5 milhões de deslocados internos do país e onde 33% da população sofre de grave insegurança alimentar.