Mobilidade e transição ecológica são prioridades para a recuperação económica da Região
O vice-presidente do Governo Regional foi ouvido na Comité das Regiões sobre a recuperação económica da União Europeia e coesão territorial.
Pedro Calado, vice-presidente do Governo Regional, prestou declarações na reunião do Comité das Regiões, que decorreu em formato 'on-line'.
A reunião debateu o tema da 'Recuperação da União Europeia e promoção da coesão territorial', Pedro Calado falou do impacto gravoso da pandemia de covid-19 nas Regiões ultraperiféricas: "foi um cenário muito gravoso para as regiões ultraperiféricas, sobretudo pela vulnerabilidade que nós temos, a distância, o isolamento, a pequena dimensão e o mercado limitado".
O vice-presidente deu conta que a Região Autónoma da Madeira registou um decréscimo de 26% do PIB, enquanto que ao nível Nacional o decréscimo foi de 7,5%, reconhecendo a dependência da economia regional do turismo.
Pedro Calado definiu a mobilidade e a transição ecológica como prioridades para a recuperação económica da Região.
As nossas prioridades estão assentes sobretudo na transição ecológica e digital. A transição ecológica justa, temos de ter em atenção as alterações climáticas, os transportes e a mobilidade, são áreas decisivas para as nossas regiões ultraperiféricas, sobretudo a mobilidade, tendo em atenção a mobilidade, quer área, quer marítima, é fundamental para uma região ultraperiferia como a nossa. Pedro Calado, vice-presidente do Governo Regional.
O governante destacou também a importância dos cabos submarinos para a transição digital nas regiões ultraperiféricas: "Nós temos uma grande dependência dos cabos submarinos. Há custos suplementares para a implementação destas infraestruturas digitais e aquilo que esperávamos é que o custo de implementação e desenvolvimento destas infraestruturas digitais fossem também contemplados e financiados de forma específica e diferente para as regiões ultraperiféricas".
Para concluir a sua intervenção, Pedro Calado solicita à UE mecanismos específicos para as regiões ultraperiféricas, tendo em conta os efeitos provocados pela actual crise pandémica. "Nós não queremos ser diferentes dos outros, queremos apenas que a União Europeia crie mecanismos específicos para as RUP's atendendo às suas especificidades, ao seu financiamento e à necessidade que nós temos de estar na vanguarda e na defesa dos direitos de toda a nossa sociedade", frisou.