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Lesados do Banif marcam protesto para o 10 de Junho

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Os lesados do Banif marcaram uma manifestação para o próximo dia 10 de Junho no Funchal, aproveitando as cerimónias oficiais do Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas que decorrem este ano na Madeira.

A manifestação, organizada pela Associação dos Lesados do Banif (ALBOA) serve para sensibilizar as mais altas entidades oficiais (incluindo Presidente da República e Primeiro-Ministro) para a forma como foi determinada a resolução do banco, à data detido pelo Estado, e a situação em que ficaram os lesados. 

Recentemente, a ALBOA escreveu uma carta ao Presidente da República, onde pediu  uma audiência. "Por coincidência, também no Funchal, Marcelo Rebelo de Sousa foi, no próprio dia do envio da carta, interceptado na rua por uma idosa lesada do Banif, tendo respondido afirmativamente à pretensão de ouvir a ALBOA. Aguarda-se ainda a  marcação da audiência", faz saber a associação através de comunicado. 

A resolução data de 5 de Dezembro de 2015. No próximo dia 10 de Junho fazem 1999 dias sobre a data da Resolução. São, assim, praticamente 2 mil dias (66 meses) de adiamentos, incertezas e promessas não cumpridas, não se compreendendo porque não se avança para a solução acordada por parte do Governo.

A ALBOA sublinha: "Os lesados do Banif foram vítimas de práticas agressivas e ilícitas (procedimento já identificado por uma Comissão de Peritos da Ordem dos Advogados) para comprarem Obrigações Subordinadas do banco porque "o dono é o Estado e é tão segura como a CGD. Para tal, os hoje lesados Banif foram convencidos a utilizarem as suas contas poupança, muitas vezes de uma vida". A associação lembra ainda que a maioria destes lesados são pessoas mais velhas e de fracos recursos que vivem  na Madeira, nos Açores, no continente e nas comunidades portuguesas da África do Sul, da Venezuela e da Costa Leste dos EUA.

.Para a ALBOA, o dia 10 de Junho, Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas também, "simbolicamente,   momento para assinalar aqueles que foram vítimas da Pátria, como é, neste caso, a situação desesperada dos lesados do Banif".