Madeira

Empresários com "muita dificuldade em encontrar trabalhadores"

O vice-presidente do Governo Regional fala em "desperdício de apoios" sociais

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À margem da apresentação do projecto N.A.D.A - 'Não ao Desperdício Alimentar', o vice-presidente do Governo Regional, Pedro Calado, expôs a actual situação de muitos empresários na Região e salientou a necessidade de ser feito "algum trabalho social" para a criação de uma uma sociedade plena de trabalho.

Segundo o governante, há empresário na Região, principalmente dos sectores da hotelaria e restauração, com "muita dificuldade em encontrar trabalhadores".

Há aqui um dado curioso, que nós temos vindo a assistir, é que nós falamos com empresários e falamos com muitas entidades, que procuram incessantemente mão de obra e têm muita dificuldade em encontrar trabalhadores e por outro lado assiste-se que os números de inscrição nos centros de emprego não baixam. Pedro Calado, vice-presidente do Governo Regional.

Isto numa altura, conforme o DIÁRIO já havia noticiado, em que a Madeira é a região do país com maior aumento do desemprego, tendo registado no final de Abril 20.188 pessoas desempregadas. 

O vice-presidente do Governo Regional, apresenta dois fundamentos para esta realidade - existência de trabalhadores não declarados à Segurança Social ou apropriação dos apoios sociais - "a quantidade de apoios sociais que existem" faz com que as pessoas "não procurem trabalho", disse.

Ora não é isso que nós pretendemos, o que nós pretendemos é criar condições para que as famílias tenham a sua integração social, tenham o seu posto de trabalho, tenham o seu rendimento, não fiquem a pesar em termos sociais em cima do subsídio de reinserção ou do subsídio de desemprego. Pedro Calado, vice-presidente do Governo Regional.

Para fazer face a este desequilíbrio, o governante, admite ser necessário implementar incentivos à contratação e educar a sociedade, para que as pessoas procurem a sua integração no mercado de trabalho. "Promover um incentivo junto das entidades empregadoras e criar nas pessoas o sentimento que um lugar de trabalho tem outra rentabilidade e outra perspectiva de vida", referiu.

Manifestou ainda a vontade do Governo em acabar com o "desperdício de apoio sociais", no sentido de viabilizar uma "sociedade plena de trabalho, de integração, de subsistência, não de existencialismo".