A vaia
Boa noite!
Depois do alegado sopro presidencial com o intuito de testar as massas, a vaia fez-se ouvir.
Foi há 24 anos. Em pleno ‘caldeirão’, levedaram os que se fartaram num ápice da proposta de clube único, lançada dias antes com a pomposa designação de ‘Marítimo e Associados Nacional e União da Madeira Futebol SAD’.
Entramos por isso hoje no ano das bodas de prata desta efeméride de significado extremo, que merece comemorações regulares em memória dos endiabrados verde-rubros que decretaram um Marítimo “uno, indivisível e infundível” e de todos quantos viram na histórica manifestação de desagrado uma força a ter em conta.
Naquele tempo ainda eram bem poucos os que desafiavam aquele que em 40 anos de poder viria a insultar tudo e todos, em muitos casos, sem ser colocado no devido sítio. Foi preciso coragem para gritar bem alto o destino traçado aos que por capricho queriam aniquilar um modo de vida.
Na tarde de goleada futebolística, a humilhação foi tal que o sócio 1609 do Marítimo meteu na gaveta a fusão futebolística por si engendrada e na cabeça a ideia de não voltar a mexer mais no assunto. Uma lição que nem todos aprenderam na plenitude pois, de quando em vez, com outros perigosos protagonistas em cena, há indisfarçáveis apetites que visam instalar a lógica de único clube nesta Região rica em diversidade.