Madeira

PSD enaltece obras do GR e critica gestão eleitoralista do CDS

Heliodoro Dória reclama "um novo rumo para Santana"

None Ver Galeria

Heliodoro Dória (PSD), deputado municipal, começou por lamentar a ausência do Governo Regional na sessão solene do Dia do Concelho de Santana, mas logo dirigiu a sua intervenção para fazer "balanço" ao mandato do CDS e constatar que "uma terra que só vive do passado ou à sombra do que já foi feito, não se perspectiva grande sucesso", concluiu.

Antes de criticar a inércia do actual executivo de Dinarte Fernandes e o oportunismo eleitoral de reservar as obras para ano de eleições, enalteceu o investimento do Governo Regional que "muito tem contribuído" com as obras já executadas e outras no terreno.

Com a convicção que "Santana merece mais", lamenta a estagnação da economia local, razão para defender "um novo rumo" para Santana.

Porque “celebrar o Dia do Município é uma oportunidade para fazer um balanço daquilo que tem sido feito em prol das nossas gentes, mas deve ser essencialmente um momento de preparação para o futuro”, Heliodoro Dória reconheceu ser “evidente que se vive hoje melhor em Santana do que se vivia há duas ou três décadas” até porque “o desenvolvimento de Santana é uma consequência da evolução positiva e do desenvolvimento de toda a região e até do país”.

Foi neste contexto que destacou as obras do Governo Regional, antes de criticar a governação camarária actual.

Se na área da Cultural conclui que “não há uma ideia nova”, na Agricultura questionou o que fez o executivo municipal pelos agricultores, por entender que “não basta, de vez em quando, oferecer raticida”. No Desporto o social-democrata concluiu que “não há um evento que seja organizado” pela Autarquia, e na Educação entende que o município não se pode limitar a apoiar “atribuindo prémios de mérito ou bolsas de estudo. É preciso mais”, reclamou o também professor.

No Turismo também considerou que a actual governação CDS até agora nada fez pelo sector, para também questionar quais os projectos: “Se há não sei ou então, são tão irrelevantes, que passam despercebidos a grande parte dos munícipes”, concluiu o deputado municipal do PSD. Neste particular lembrou a atribuição, há uma década, a Santana pela UNESCO do galardão de Reserva Mundial da Biosfera, “galardão este que foi uma das principais bandeiras do CDS para chegar ao poder em Santana, mas pela negativa. Passaram-se anos sem falar na Biosfera e sem usar este título para nada”, acusou.

Apenas nas infra-estruturas e investimentos admitiu que “este será um ano dourado”, depois de há cinco anos ter sido a Câmara do País com menor investimento, ao lembrar que então “apenas 3% da verba orçamental foi canalizada para as infra-estruturas e investimento. Agora percebe-se porquê, ou não estivéssemos em ano de eleições”, insinuou.

No Social, lembrou que Santana é o município com a segunda maior taxa de envelhecimento da região, para questionar “para quando um apoio real aos idosos? Será que comprar 20 camas articuladas para emprestar aos munícipes é suficiente?” interrogou-se, antes de concluir que “é urgente olhar para este segmento da população com o apoio real que merece”.

Não deixou de também criticar o ‘esquecimento’ de celebrar o título de Cidade atribuído a Santana.

Perante “um município que se limita a fazer gestão corrente” e que também por isso “parou no tempo” e “não tem capacidade de inovar, que é incapaz de atrair investimento e emprego”, Heliodoro Dória lamentou a estagnação da economia local. Razões para considerar ser “urgente implementar uma nova visão e transformar Santana num concelho atractivo”, só possível com “um novo rumo, para fazer mais, fazer melhor, fazer diferente”.