Mar de contradições

O PS-M que exalta o “mar de oportunidades” de hipotéticas “inovações tecnológicas azuis” opõe-se de igual modo ao incremento da aquicultura nesse mesmo mar. A autarca do PS à frente da C.M. da Ptª. do Sol é um exemplo dessa oposição contra uma indústria que já deu provas das suas potencialidades, viabilidade económica e capacidade de gerar riqueza para a RAM. Mais do que projetos hipoteticamente inovadores que requereriam um esforço de investimento público sem retorno para a economia da RAM no curto médio prazo, seria curial privilegiar projetos economicamente viáveis para a produção de bens e serviços ambientalmente sustentáveis e capazes de complementar a nossa indústria turística. Por outro lado e isso sim seria do máximo interesse estabelecer parcerias universitárias e científicas aproveitando sinergias entre a RAM e a RAA que permitissem investir com economia de escala no desenvolvimento de projetos de interesse mútuo, só que para isso seria necessário antes de mais que o Governo PS da República concedesse à Universidade da Madeira os necessários meios financeiros que lhe têm faltado. O prometido dinheiro da “bazuca” deve ter efeitos práticos imediatos e nos próximos anos antes de mais para restaurar o tecido económico e empresarial permitindo recuperar os empregos destruídos pela crise da pandemia da Covid19, mas também o AMBIENTE. As decisões do Governo Regional e das Autarquias deverão ter sempre presente a sustentabilidade ambiental na RAM, promovendo medidas com impacto ambiental positivo como a eliminação de plásticos, de químicos nocivos na agricultura, otimização no aproveitamento dos recursos de água doce, reaproveitamento das águas pluviais e sanitárias, potenciando uma agricultura sustentável, preservando a floresta e as nossas belas paisagens indissociáveis do destino turístico que somos. Inovação? Que tal tornar a RAM um exemplo das melhores práticas ambientais beneficiando quem cá vive e quem nos visita?

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