Wall Street interrompe recuperação esboçada na última sessão e fecha sem direcção
A recuperação iniciada no final da semana nos mercados acionistas nova-iorquinos foi hoje interrompida e os seus principais índices terminaram em ordem dispersa.
Os resultados definitivos indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average progrediu 0,36%, para os 34.207,84 pontos.
Ao contrário, os outros índices recuaram, com o alargado S&P500 a apresentar perdas ligeiras de 0,08%, para as 4.155,86 unidades, e o tecnológico Nasdaq a desvalorizar 0,48%, para os 13.470,99 pontos.
"Este mês de maio tem sido duro para as ações", sintetizou Karl Haeling, da LBBW.
"Tivemos um suspiro de alívio quando o mercado estabilizou na quarta-feira e recuperou de forma interessante na quinta-feira. Mas hoje houve uma deceção, por estes ganhos não se terem solidificado", acrescentou.
"A questão é a de saber até que ponto os investidores", que se endividaram para apostar na bolsa quando o mercado estava em alta, "se devem desendividar para estarem à vontade nas suas posições", afirmou o analista.
Depois da fase das apostas na recuperação económica e nos estímulos, "entra-se numa nova fase onde se tenta avaliar quanto tempo vai durar esta recuperação", sabendo que o risco mais elevado vai ser o da inflação, avançou o analista da Landesbank Baden-Württemberg.
Segundo os analistas da Schwab, "as convicções estão divididas entre uma série de boas estatísticas económicas e a incerteza palpável quanto à Reserva Federal e aos sinais de inflação que continuam a manifestar-se".
Os bons índices europeus atraíram a atenção dos investidores. A atividade do setor privado na Zona Euro registou em maio o seu maior crescimento em mais de três anos, segundo a primeira estimativa do índice PMI compósito divulgada hoje pelo gabinete Markit.
No Reino Unido, a atividade económica acelerou em maio, com o levantamento progressivo das medidas de confinamento, segundo um indicador avançado, enquanto as vendas do comércio retalhista subiram em abril, com a reabertura dos estabelecimentos comerciais, em particular no vestuário.
Mesmo nos EUA, o índice PMI de atividade industrial do gabinete IHS Markit registou em maio o valor recorde de 61,5.