Militares vão usar drones
Registo com satisfação uma notícia do DN “militares vão usar drones para vigiar fogo”. No desenvolvimento dizia que o Instituto de Florestas e Conservação da Natureza, assinou um protocolo em, 19-05-2021, com as Forças Armadas, para vigilância aos incêndios nas serras da Madeira. Congratulo-me, pois isto é mais valia para a nossa terra e população. Isto para recordar que, já, em 27 de Julho 2017 foi publicado um meu artigo de opinião, neste jornal, com o título ”Combate aos incêndios e aos pirómanos” no qual eu defendia a vigilância aos incêndios através de drones. Relembro aqui alguns parágrafos: “Atualmente o PPVIF (plano de prevenção e vigilância aos incêndios florestais) concebido pelo Instituto de Floresta e Conservação da Natureza define diversos pontos de intervenção rápida por toda a ilha incluindo seis torres fixas de vigilância. É exatamente nestas seis torres que incide o meu raciocínio. Porque não adicionar, ao plano de prevenção, um drone por cada torre como importante complemento de vigilância onde cada um sobrevoaria 7 km em redor a fim de monitorizar todas as serras, montes e vales detetando in loco qualquer foco de incêndio? Uma vez que fazem voos rasantes, ou em altitude, seriam um eficaz instrumento para detetar focos iniciais de incêndios em zonas povoadas de combustão ou até pirómanos quer apeados ou de carro sem esquecer uma eficaz prevenção na formação de enxurradas a montante na época de inverno. A partir daí se o foco fosse detetado num ponto inacessível, o combate seria feito, imediatamente, por meios aéreos uma vez que, aparentemente, os teremos em breve. Em zona com acessibilidade apeada seriam, obviamente, as viaturas dos bombeiros. Chamaria a isto prevenção em tempo útil.” Fui ao pormenor de mencionar a formação, preços e caraterísticas dos drones e acrescentava: “Esta ideia, quanto a mim, é simples económica e eficaz mas se alguém entendido na matéria disser que isto não é possível, sinceramente, dava-lhe um doce para explicar porquê”. Vá lá, embora 4 anos depois as entidades supra mencionadas tiveram a mesma ideia. Se hoje recordo este artigo foi por ler que o Sr. presidente do GR afirma que Portugal é um país de “engenheiros” baratos. Os governantes deveriam também dar ouvidos à população e não fazer apenas o que lhes dá na real gana, visto que alguns até têm boas ideias como por ex. os pescadores do sítio do Lugar de Baixo.
Juvenal Rodrigues