Péssima sugestão do chefe
Boa noite!
A quem anda na política pede-se bom senso. Sobretudo porque ainda há quem se deixe influenciar pelo que vai ouvindo da boca de quem manda, legisla ou dá palpites.
Que Miguel Albuquerque não queira, e bem contribuir, para uma segunda vaga pandémica antes do Verão nós agradecemos. Aos governos pede-se robustez nas decisões de modo a evitar baldas e excessos, surpresas e retrocessos.
Que Miguel Albuquerque não queira mexer no número máximo de lugares por mesa nos restaurantes, evitando abrir precedentes que potenciem ajuntamentos, pode atentar contra a socialização das famílias numerosas, mas não priva ninguém de comer fora sem sair de casa, tal é proliferação de ‘take away’ e serviço de entrega ao domicílio.
Que Miguel Albuquerque não queira voltar a ser desautorizado, - sobretudo num ciclo de retoma turística e de possível invasão de turistas nacionais, habituados a outras regras, pois no continente os restaurantes, cafés e similares estão autorizados a um máximo de seis pessoas por mesa em espaço interior e dez na esplanada – é legítimo. Se dúvidas houvesse, na ilha manda quem cá está.
Que Miguel Albuquerque não queira ambiente sossegado nos restaurantes, transformando-os em lotas, é que já nos parece abusivo. Sugerir que uma família dispersa por várias mesas de cinco possa conviver falando alto de uma mesa para outra, atenta contra as elementares regras de boa educação e compromete a hospitalidade que nos caracteriza.
Para comícios e algazarras basta o que por aí vem no âmbito do combate autárquico. Mas se algum restaurante alinhar na conversa, que pelo menos disso dê conta já ao chef Ljubomir Stanisic, avise com antecedência que tolera pequenas doses de arraial ou tem espaço reservado para o efeito.